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AMOR À DISTÂNCIA

Posted by Clenio on 10:52 in
Comédia romântica é um gênero que nunca sai de moda e tem seus fãs inveterados. Desde que haja no mundo pessoas apaixonadas e dispostas a rir das próprias desgraças amorosas, a velha receita que une boas piadas, trilha sonora agradável, gente bonita e de preferência um final feliz continuará dando certo. Um exemplo claro disso é "Amor à distância", novo filme "bonitinho" estrelado por Drew Barrymore, que deixou de lado definitivamente seus dias de rebordosa para seguir o filão de Meg Ryan. Dirigido pela desconhecida Nanette Burstein, "Amor" é uma comédia romântica que segue exatamente, norma por norma, os preceitos do estilo e justamente por isso consegue cumprir o que promete, mesmo que não seja exatamente uma experiência inesquecível. Mas afinal, quem espera isso de um filme assim?

A trama de "Amor à distância" é simples como convém: aos 31 anos, a jornalista Erin (vivida por Barrymore com a simpatia habitual) ainda busca a realização profissional, sempre adiada por sua tendência em dar mais importância a seus relacionamentos do que à carreira. Justamente quando está acabando um estágio em Nova York para voltar a San Francisco, ela conhece e se apaixona por Garret (Justin Long), que trabalha em uma gravadora, paparicando bandas adolescentes enquanto não dá seu pulo do gato vocacional. Quando ela volta para casa, eles resolvem manter o namoro à distância, mesmo conscientes das dificuldades do pacto de fidelidade a que se propõem. Aos poucos, no entanto, eles percebem que a coisa não será assim tão fácil e cor-de-rosa como eles pretendiam.

O humor de "Amor à distância" surge, como é de se esperar, a partir de seus coadjuvantes. Tanto os amigos de Garret (responsáveis pelas piadas mais, digamos assim, "sujas") quanto a família de Erin (em especial a sempre ótima Christina Applegate) são o tempero da história de amor contada pelo filme- ligeiramente inspirado na experiência real de um amigo do roteirista. E talvez seja por ser inspirado em acontecimentos reais (ainda que provavelmente muito disfarçados e exagerados) que "Amor" ganha pontos junto à plateia. Aqueles que nunca experimentaram o tipo de relação mostrado na tela se divertirão com as idas e vindas do casal central e com seus amigos - além de curtirem a bela escolha musical, que apresenta The Cure, Pretenders, etc. Mas são aqueles que já passaram por isso (ou estão passando) que certamente irão vivenciar o filme com mais conhecimento de causa.

Tudo é mostrado diante dos olhos da plateia: as pesquisas incansáveis por passagens mais baratas, os telefonemas saudosos, as conversas diante da tela do computador, os temores (infundados ou não) de infidelidade, as dúvidas em relação ao prosseguimento do namoro, a falta de sexo... Drew Barrymore e Justin Long (namorados na vida real) tem uma química interessante e a relação entre suas personagens é bastante crível.

Dependendo do estado de espírito de cada espectador, "Amor à distância" pode fazer rir ou chorar. Em caso de esquizofrênicos como este que vos escreve, pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Mais cinema em http://www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com/

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4 Comments


Pelo visto você gostou muito do filme, hein? Seu texto colocou esta película num alto patamar, rs...e olhe que só tenho lido críticas mais negativas sobre ele...preciso conferir.

Ainda que ache Drew Barrymore chatissima, ela sempre é ela mesma atuando, quem sabe esse ela me cativa?


Eu amei o filme, e chorei para "variar".

Quem nunca viveu um amor a distância talvez o ache "bobinho". Eu me identifiquei com certas cenas.

Ahhh, esse amor a distância...

Abraço Clênio


Estou vivendo uma relação a distância, tenho medo de ver esse filme...


Achei esse filme bem engraçado. Um pouco diferente em relação às comédias românticas que estamos acostumados. Os coadjuvantes realmente roubam a cena.

Abração

http://www.brazilianmovieguy.blogspot.com/

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