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OS HOMENS QUE ENCARAVAM CABRAS

Posted by Clenio on 13:58 in
Bizarro! Esse talvez seja o adjetivo mais adequado a "Os homens que encaravam cabras", uma das comédias mais estranhas produzidas por Hollywood nos últimos anos. Estreia como cineasta do ator e roteirista Grant Heslov (que escreveu "Boa noite e boa sorte" entre outros menos cotados), o filme passou sem muito estardalhaço pelos cinemas, apesar do elenco de sonhos, e muito dessa quase apatia em relação a ele vem de um fato simples: ele não é, sob aspecto nenhum, um filme comum, capaz de agradar a gregos e troianos. Pelo contrário: ele é dono de um humor todo particular, e só quem entender o espírito da coisa é capaz de se divertir. E se isso acontecer, é só se esbaldar com piadas absurdamente inacreditáveis.

Ewan McGregor (se divertindo nitidamente em cena) vive Bob Wilton, um jornalista que, frustrado com o final de seu casamento, vai ao Iraque cobrir a guerra - mesmo chegando lá depois da queda de Saddam Hussein. Quando chega lá, ele conhece Lyn Cassady (George Clooney, absolutamente hilariante), que lhe confessa ter feito parte de uma desconhecida unidade do exército americano formada por paranormais que tencionavam vencer a guerra sem violência física. O exército era liderado pelo poderoso Bill Django (Jeff Bridges, ótimo como sempre) e foi sabotado pelo ambicioso Larry Hooper (Kevin Spacey). Ao lado de Lyn, o repórter tenta reencontrar Django, embarcando em uma trama surreal.

O humor de "Os homens que encaravam cabras" não é fácil. Repleto de citações pop nada óbvias - a brincadeira com os Jedi é a melhor delas, principalmente se levarmos em conta que é Ewan McGregor que está em cena - e um ritmo que foge à tradicional pressa do cinema comercial americano, é um filme que vai decepcionar muitos fãs dos atores envolvidos, mas que com certeza conquistará outros, desde que estejam dispostos a entrar no clima da brincadeira. George Clooney, por exemplo, um dos produtores, tem uma das atuações mais inspiradas de sua carreira, mantendo sua tendência a explorar caminhos menos fáceis para o sucesso.

Enfim, é um filme cujo conceito é ainda mais divertido que o resultado final. Vale, com certeza, uma hora e meia da vida dos espectadores que gostam de sentir seu cérebro bem-tratado.

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