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AMIZADE COLORIDA

Posted by Clenio on 12:45 in
Já está virando moda. Filmes sobre casais que elegem o sexo como base para seu relacionamento - sem que exista nenhum outro tipo de vínculo sentimental - e depois se apaixonam pipocaram nas telas de cinema como nunca nesse último ano, com qualidades variadas. Houve o ótimo "Amor e outras drogas", com Jake Gylenhaal e Anne Hathaway e houve o tenebroso "Sexo sem compromisso", com Natalie Portman e Ashton Kutcher. No meio do caminho entre os dois fica "Amizade colorida", o divertido e sexy filme estrelado por Justin Timberlake e Mila Kunis e dirigido por Will Gluck, cujos créditos anteriores incluem o pouco visto (mas muito engraçado "A mentira").

No filme de Gluck, a bela Kunis interpreta Jamie, uma caça-talentos de Nova York que convence o jovem diretor de arte Dylan (vivido com surpreendente timing cômico por Timberlake) a sair de Los Angeles e mudar-se para a Grande Maçã, para trabalhar para a revista GQ. Ambos saídos de relacionamentos fracassados, Jamie e Dylan tornam-se amigos e, bonitos, inteligentes e sexies, resolvem iniciar uma relação de sexo sem compromisso. Logicamente as coisas não andam da maneira com que eles pretendem (mas seguem à risca as comédias românticas que Jamie adora): eles se apaixonam um pelo outro, ainda que a princípio não o percebam.

Logicamente o roteiro de "Amizade colorida" é repleto de clichês (e é o tipo de filme cujo final se adivinha só de olhar-se o cartaz). Mas a grande sacada - e que o diferencia de bombas como "Sexo sem compromisso" - são alguns diálogos realmente engraçados, os coadjuvantes afiados e que não servem apenas para fazer piada (Patricia Clarkson e Richard Jenkins, ambos de "A sete palmos" estão ótimos) e a química sensacional entre seus protagonistas. Kunis, que já se atracou com Natalie Portman em "Cisne negro", já provou que não tem pudores e Timberlake mostra-se extremamente à vontade em cenas que mixam com equilíbrio invejável uma sensualidade discreta e um bom-humor muito bem-vindo. Mesmo quando não estão na cama, Kunis e Timberlake convencem o público que estão apaixonados (mesmo que não o saibam) e conseguem o que qualquer dupla romântica sonha em filmes como este: uma torcida por seu final feliz. E Will Gluck sabe, como poucos cineastas recentes, brincar com as referências pop do espectador e utilizá-las a seu favor.

Tudo bem que "Amizade colorida" não vai mudar a vida de ninguém, nem tampouco consegue escapar da previsibilidade. Mas o faz de uma maneira tão charmosa e despretensiosa que é impossível não cativar a audiência. Uma bela surpresa.

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