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À PROCURA DO AMOR

Posted by Clenio on 19:45 in
Primeiro é necessário esquecer mais um título preguiçoso e genérico perpetrado pelas distribuidoras nacionais: "À procura do amor" não tem a MENOR relação com a história que o filme da diretora Nicole Holofcener quer contar. Depois, é imprescindível que se deixe de lado a resistência em abraçar filmes estrelados por atores sem músculos e atrizes sem botox. Dito isso, resta apenas relaxar e assistir-se a um dos últimos filmes do ator James Gandolfini com um sorriso no rosto, do início ao fim.

Indicada ao prêmio do Screen Actors Guild - uma justa e singela homenagem feita pelos colegas atores - a atuação de Gandolfini em nada lembra a audiência do célebre protagonista da série "Família Soprano", que tanto sucesso lhe proporcionou. Seu Albert é doce, bem-resolvido, pacífico e solitário, um homem divorciado que está em vias de ver a única filha partir em direção à universidade. Em uma festa, ele conhece a massagista profissional Eva (Julia Louis-Dreyfus), também divorciada, também mãe de uma jovem pré-universitária e disposta a encarar um relacionamento saudável e maduro. A relação entre os dois - divertida e sem maiores cobranças - sofre um baque quando Eva descobre que Albert é o ex-marido de Marianne (Catherine Keener), uma nova cliente com quem ela está iniciando uma amizade. Começando a ver Albert pelos olhos quase rancorosos de Marianne, a alto-astral massagista passa a questionar o futuro de seu caso amoroso.

Com um roteiro simples e próximo da realidade - ainda que sofra de uma certa superficialidade em alguns momentos - "À procura do amor" conquista exatamente pela despretensão. Holofcener - que tem no currículo a comédia dramática "Amigas com dinheiro", também com Catherine Keener no elenco - tem o dom de criar personagens reais, que soam como gente de verdade, e não personagens de cinema. A subtrama que acompanha a relação entre Eva e a melhor amiga da filha adolescente é de um frescor raramente vistos no cinema contemporâneo, assim como a química entre Louis-Dreyfus e Gandolfini. São eles, somados à simpatia da trama e ao elenco coadjuvante - que conta com a sempre ótima Toni Collette - que fazem valer a pena uma sessão descompromissada. Afinal, não é sempre que se pode assistir a um filme tão próximo e tão agradável.

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1 Comments


Esse sorriso no rosto do Gandolfini no filme é tão paternal e diferente, que, juro, foi o que me fez ver todo o filme sem reclamar em nenhum momento.

E a história... eu gostei muito. No meu modo de ver conseguiu sair do "romance levinho" e já explorado mesmo sendo "levinho".

E Eva e a melhor amiga da filha adolescente também me conquistou muito.

Zukm.t, tt
bjooo

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