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OSCAR 2018: MELHOR ATRIZ
Frances McDormand está se encaminhando para levar seu segundo Oscar de melhor atriz. O primeiro veio em 1997 por "Fargo", comédia de humor negro dos irmãos Coen que tem muito em comum com o estilo narrativo de Martin McDonaugh, o diretor de "Três anúncios para um crime" - que pode ser o responsável por sua segunda (e merecida) estatueta. Mas será que McDormand é uma favorita tão absoluta assim? Tudo indica que sim, mas a categoria de melhor atriz deste ano é uma das mais disputadas das últimas temporadas - e a Academia pode surpreender. Como? Leia abaixo.
SALLY HAWKINGS (A forma da água) - Premiada como melhor atriz pelos críticos de Los Angeles, Hawkins arrebata sua segunda indicação ao Oscar e primeira na categoria principal - ela concorreu como coadjuvante em 2014, por "Blue Jasmine", de Woody Allen. Agora ela passa ao primeiro time encarnando uma zeladora muda que se apaixona por um ser anfíbio que está sendo mantido preso pelo governo americano em plena Guerra Fria. O desempenho de Hawkins é admirável, transmitindo uma variedade imensa de sentimentos sem dizer uma única palavra - talvez fosse um prêmio certo, caso Frances McDormand não surgisse na última hora e abocanhasse os principais troféus da temporada. Ainda assim ela não é carta fora do baralho: a força do filme pode ajudá-la, e se a vitória for sua a estatueta estará em ótimas mãos.
FRANCES MCDORMAND (Três anúncios para um crime) - Parece um favoritismo absoluto: Golden Globe, Critics Choice Award e SAG Award nos braços fazem de McDormand o nome a ser batido na categoria. Já vencedora uma vez - por "Fargo" (96) - e indicada outras três, sempre como coadjuvante - "Mississipi em chamas" (88), "Quase famosos" (2000) e "Terra fria" (2005) - a esposa do cineasta Joel Coen passou de queridinha do cinema independente dos anos 80 e 90 para uma atriz respeitadíssima pela indústria. Um segundo Oscar é mais que justo - afinal, até Hilary Swank tem dois, o que não deixa de ser muito estranho.
MARGOT ROBBIE (Eu, Tonya) - Até há pouco tempo, a bela Margot Robbie era apenas isso: uma bela e desejável atriz em busca de reconhecimento. Bastou Martin Scorsese colocá-la em "O lobo de Wall Street" (2013) para que ela finalmente conhecesse um pouco de respeito artístico. Nem sua participação em "Esquadrão Suicida" (2016) pode apagar seu brilhante trabalho como a patinadora Tonya Harding, pivô de um escândalo no meio esportivo dos anos 90. Equilibrando senso de humor negro e drama, Robbie conquistou elogios unânimes - e apesar de suas chances serem quase nulas, sua indicação já aponta um novo caminho em sua carreira.
SAOIRSE RONAN (Lady Bird - A hora é de voar) - Talvez a jovem Ronan seja a maior pedra no caminho de Frances McDormand na busca pelo Oscar 2018. Como a Academia adora incentivar jovens atrizes (Gwyneth Paltrow, Hilary Swank, Emma Stone) e como Ronan já está em sua terceira indicação ao prêmio - concorreu como coadjuvante por "Desejo e reparação" (2007) e "Brooklin" (2015), esta última na categoria principal - pode ser que os votantes resolvam optar pela juventude ao invés da maturidade. O fato do filme de Greta Gerwig ter arrancado aplausos por onde passou também conta bastante, e sua vitória não seria algo tão inesperado assim - ainda que precoce demais.
MERYL STREEP (The Post: a guerra secreta) - Em sua inacreditável 21ª indicação, Streep busca a terceira vitória por um filme muito esperado mas que acabou decepcionando na temporada de prêmios - não se iludam com sua indicação ao Oscar de melhor filme, imerecida e um tanto quanto bizarra. Figurinha carimbada das festas da Academia (por puro merecimento), ela concorre sem muitas chances, e poderia muito bem ter ficado de fora (Jessica Chastain, por "A grande jogada", ficaria muito bem em seu lugar). Atriz espetacular, Meryl Streep parece estar na lista apenas por força do hábito.
FAVORITA: Frances McDormand
TORCIDA: Sally Hawkins
NO PÁREO: Saoirse Ronan
ZEBRA: Margot Robbie
SALLY HAWKINGS (A forma da água) - Premiada como melhor atriz pelos críticos de Los Angeles, Hawkins arrebata sua segunda indicação ao Oscar e primeira na categoria principal - ela concorreu como coadjuvante em 2014, por "Blue Jasmine", de Woody Allen. Agora ela passa ao primeiro time encarnando uma zeladora muda que se apaixona por um ser anfíbio que está sendo mantido preso pelo governo americano em plena Guerra Fria. O desempenho de Hawkins é admirável, transmitindo uma variedade imensa de sentimentos sem dizer uma única palavra - talvez fosse um prêmio certo, caso Frances McDormand não surgisse na última hora e abocanhasse os principais troféus da temporada. Ainda assim ela não é carta fora do baralho: a força do filme pode ajudá-la, e se a vitória for sua a estatueta estará em ótimas mãos.
FRANCES MCDORMAND (Três anúncios para um crime) - Parece um favoritismo absoluto: Golden Globe, Critics Choice Award e SAG Award nos braços fazem de McDormand o nome a ser batido na categoria. Já vencedora uma vez - por "Fargo" (96) - e indicada outras três, sempre como coadjuvante - "Mississipi em chamas" (88), "Quase famosos" (2000) e "Terra fria" (2005) - a esposa do cineasta Joel Coen passou de queridinha do cinema independente dos anos 80 e 90 para uma atriz respeitadíssima pela indústria. Um segundo Oscar é mais que justo - afinal, até Hilary Swank tem dois, o que não deixa de ser muito estranho.
MARGOT ROBBIE (Eu, Tonya) - Até há pouco tempo, a bela Margot Robbie era apenas isso: uma bela e desejável atriz em busca de reconhecimento. Bastou Martin Scorsese colocá-la em "O lobo de Wall Street" (2013) para que ela finalmente conhecesse um pouco de respeito artístico. Nem sua participação em "Esquadrão Suicida" (2016) pode apagar seu brilhante trabalho como a patinadora Tonya Harding, pivô de um escândalo no meio esportivo dos anos 90. Equilibrando senso de humor negro e drama, Robbie conquistou elogios unânimes - e apesar de suas chances serem quase nulas, sua indicação já aponta um novo caminho em sua carreira.
SAOIRSE RONAN (Lady Bird - A hora é de voar) - Talvez a jovem Ronan seja a maior pedra no caminho de Frances McDormand na busca pelo Oscar 2018. Como a Academia adora incentivar jovens atrizes (Gwyneth Paltrow, Hilary Swank, Emma Stone) e como Ronan já está em sua terceira indicação ao prêmio - concorreu como coadjuvante por "Desejo e reparação" (2007) e "Brooklin" (2015), esta última na categoria principal - pode ser que os votantes resolvam optar pela juventude ao invés da maturidade. O fato do filme de Greta Gerwig ter arrancado aplausos por onde passou também conta bastante, e sua vitória não seria algo tão inesperado assim - ainda que precoce demais.
MERYL STREEP (The Post: a guerra secreta) - Em sua inacreditável 21ª indicação, Streep busca a terceira vitória por um filme muito esperado mas que acabou decepcionando na temporada de prêmios - não se iludam com sua indicação ao Oscar de melhor filme, imerecida e um tanto quanto bizarra. Figurinha carimbada das festas da Academia (por puro merecimento), ela concorre sem muitas chances, e poderia muito bem ter ficado de fora (Jessica Chastain, por "A grande jogada", ficaria muito bem em seu lugar). Atriz espetacular, Meryl Streep parece estar na lista apenas por força do hábito.
FAVORITA: Frances McDormand
TORCIDA: Sally Hawkins
NO PÁREO: Saoirse Ronan
ZEBRA: Margot Robbie