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YOU DON'T UNDERSTAND ME

Posted by Clenio on 10:48 in
Nada de letra traduzida. A mensagem vai para alguém que entende muito bem em inglês, mesmo...

I've been up all night,
You've been putting up a fight
Seems like nothin' I say gets through
How did this old bed fit a world between me and you
We said 'Goodnight' but the silence was so thick
You could cut it with a knife
We've hit the wall again and there's nothin' I can do
You're the one, yeah
I've put all my trust in your hands
C'mon and look in my eyes,
here I am, here I am

You don't understand me, my baby,
You don't see to know that I need you so much.

You don't understand me, my feelings,
The reason I'm breathin', my love


The mornin' comes and you're reachin' out for me
Just like everything's the same
And I let myself believe things are gonna change
When you kiss my mouth and you hold my body close,
Do you wonder who's inside?


Maybe there's no way we could feel each other's pain
Tell me why it gets harder, to know where I stand
I guess loneliness found a new friend, here I am

You don't see to get me, my baby,
You don't really see that I live for your touch
You don't understand me,
My dreams or the things I believe in my love
You don't understand me
You don't understand me
Understand me.

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PARA VOCÊ... MAIS UMA VEZ

Posted by Clenio on 16:43 in
"I wanna believe in everything that you say, cause it sounds so good..."

Pois é, não posso dizer que não te quero. Depois de tudo, seria no mínimo mentiroso afirmar que os sentimentos que tenho por você evaporaram ou se transformaram, ou pior ainda, não passavam de ilusões. Não eram ilusões, eu sei disso, meu corpo sabe disso, meu cérebro sabe disso, meu coração sabe disso. A felicidade de te ver, de te ouvir e conversar contigo não eram abstrações. A tristeza de me ver longe de ti (física e emocionalmente) não era resultado de nenhum tipo de carência. A minha preocupação em te ver bem e feliz não era da boca pra fora. Eu realmente sei que te amo. Talvez seja forte dizer disso. AMOR! Mas eu sei o que se passa dentro de mim e encho a boca pra afirmar isso, acredite quem quiser ou não sentir inveja. EU TE AMO! Posso me dar mal de novo? Sim, posso. Mas também posso finalmente encontrar o caminho que procuro há tempos. Você quer me guiar por dele?

Pois é, eu sei que fiquei furioso, frustrado, arrasado. Tenho consciência de que talvez tenha ultrapassado alguns limites, mas minha defesa e meu escudo sempre foi vomitar através de palavras toda a mágoa que me sufocava, como forma de tentar matar dentro de mim todo e qualquer sentimento positivo. Logicamente as frases envolvidas em raiva não foram o bastante: volta e meia você me voltava ao pensamento (e não mais dentro de uma nuvem de rancor). Se peguei pesado em determinados momentos, em minhas tentativas de te afastar de vez da minha vida, foi porque no fundo eu queria era afastar a mim mesmo da tua. Vã ilusão. Como dizia Caio Fernando Abreu,  "num deserto de almas também desertas, uma alma especial de imediato reconhece outra." Você é especial! E eu sinto que não é apenas um capricho que nos une.

Eu quero acreditar que tudo vai ser diferente dessa vez. Juro que quero! Quero me jogar de novo sem rede de proteção, quero voltar a fazer planos com você. Sei que é difícil, sei que talvez demore um pouco para que a confiança se reestabeleça, sei que precisamos conversar seriamente sobre tudo isso, sei que muitas coisas precisam ser transformadas para melhor. Mas sim... eu sei também que juntos poderemos ajudar-nos mutuamente e sermos felizes. If you jump, I jump. Again. Please, dont let me down. Again.

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RECADO ÀQUELES CUJA VIDA SE RESUME À MEDIOCRIDADE

Posted by Clenio on 11:55 in
"Vamos pedir piedade.... Senhor, piedade, pra essa gente careta e covarde..." (Cazuza)

Vou ser bem sincero: minha vida não é a oitava maravilha do mundo. Não tenho o dinheiro que quero e/ou preciso, não consigo me apaixonar sem me foder de verde e amarelo, não tenho um trabalho glamouroso nem sou lindo/genial/interessante. Mas mesmo assim, mesmo com todos os reveses, a minha vida é minha. Eu sou dono dela, eu a possuo. Em outras palavras, EU TENHO UMA VIDA. Mesmo que ela me faça sofrer muitas vezes, o fato de ela existir (e me ocupar muito) me impede de cometer o mais patético erro de boa parte da humanidade: viver em função da vida de outras pessoas.

Sim, eu faço sexo (quando quero, com quem quero, onde eu quero, na posição que quero). Sim, eu tenho amigos (poucos, mas sinceros e que sabem que ser amigos não é fazer piada o tempo todo, porque sabiamente já disseram que rir de tudo é desespero). Sim, eu tenho alguns dons e talentos (ao contrário de gente que acha que fazer piadas de mau-gosto serve pra alguma coisa além de preencher o "Zorra Total"). Sim, eu tenho família (com quem posso contar sempre, apesar de tudo). E sim, eu faço questão de tentar esquecer pessoas insignificantes e desprezíveis com quem tive o desprazer de conviver. Digo tentar porque fica difícil levar a MINHA vida quando essas pessoas que não tem a SUA não conseguem me deixar em paz.

São apaixonados por mim? São obcecados por mim? Vão se tratar, eu não sou psiquiatra pra cuidar dos traumas e defeitos que vocês tem. Se vocês não conseguem superar fins de relacionamento, impotência, homossexualidade enrustida, mediocridade e tantos outros problemas que vocês tem, isso não me diz respeito. Procurem outra válvula de escape que não a MINHA vida. Ter uma vida própria não é difícil, sabiam? Só é preciso personalidade e caráter... ops, pensando bem, talvez pra vocês fique um tanto complicado.

Dado o recado: ME ESQUEÇAM. Encontrem outro palhaço pro seu circo decadente. Trepem. Se suicidem. Escrevam um livro, plantem uma árvore... mas não façam filhos que não vão saber cuidar, porque eles não tem culpa dos pais que podem vir a ter. Eu estou tentando levar a MINHA vida quieto no meu canto. Não me provoquem. Respeito é bom e todo mundo gosta. Ao contrário das piadas sem graça que vocês adoram contar.
 
PS - Como nem todo mundo é desprezível e medíocre como os alvos deste post, aproveito o espaço para parabenizar a leitora fiel Renata Tassin, que está de aniversário hoje. Beijos meus e da Neusa (ela vai entender....)

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PÂNICO 4

Posted by Clenio on 10:55 in
Há duas maneiras distintas de se assistir à "Pânico 4", capítulo temporão da série de sucesso criada por Wes Craven na segunda metade dos anos 90. A primeira é sentar-se na poltrona do cinema sem esperar o menor resquício de credibilidade e embarcar em um filme de suspense que continua brincando com o gênero, ainda que sem o mesmo frescor de seu original. Assistindo ao filme dessa forma - e só dessa forma, aliada a uma nostalgia adolescente - é possível divertir-se. A obra de Craven - cujo roteiro é do mesmo Kevin Williamson do primeiro filme - é um festival de clichês (mesmo que sejam inseridos na trama propositalmente), de absurdos logísticos e físicos e interpretações canhestras (Emma Roberts, sobrinha de Julia, não faria feio no elenco de "Malhação"). Levando-se em consideração de que é exatamente esse tipo de ingrediente que fez a fama e o êxito dos primeiros filmes, pode-se dizer que este quarto episódio não fica nada a dever. Mas então chegamos à segunda forma de assistir-se a ele.
Como filme, racionalmente falando, "Pânico 4" é quase um lixo. Como dito antes, os atores são tenebrosos (com a possível exceção do elenco original - Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette), o roteiro é implausível e os sustos raros, assim como a tensão. Até mesmo sua crítica à exagerada midiatização via Internet - um assunto bastante interessante - cai no vazio, uma vez que é inserida de forma nada sutil. As piadas são fracas (que tipo de pessoa é capaz de disparar uma frase engraçadinha depois de ter sido esfaqueada na testa?) e nem mesmo a meta-linguagem é capaz de despertar maior interesse (ainda que as primeiras sequências tenham um rasgo de originalidade que dão uma esperança vã ao espectador mais ingênuo).
Mas é imprescindível esclarecer que o público-alvo de "Pânico 4" não vai às salas de cinema procurando roteiros mirabolantes ou atuações profundas. A plateia que for ao cinema esperando ver sangue aos borbotões, piadas infames e Sidney Prescott (Campbell) fugindo pela enémisa vez de um assassino mascarado não vai se decepcionar. "Pânico 4" perdeu o trem da história, mas temos que concordar que, para quem gosta do gênero, é uma delícia saudosista.
 
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PRECIOUS ILLUSIONS

Posted by Clenio on 15:56 in ,
Eu já tive ilusões que eram as mais lindas que já existiram. Elas eram de todos os tipos, cores, tamanhos e cheiros. Eu brincava com elas como se fossem reais e não apenas quimeras construídas por uma mente que preferia o abstrato ao real. Elas me empurravam em direção a uma época que - eu tinha certeza absoluta disso - tudo seria mais fácil, mais belo, mais divertido e mais feliz. Mas elas eram sempre destruídas. Destruído por fatos, esses malditos cuja razão de existir parece ser exterminar sonhos alheios sejam eles quais forem. A realidade, essa indesejável companhia que chega sem ser convidada, tem o dom inexpugnável de matar minhas ilusões. Todas elas. Uma a uma, como um assassino serial. Ou todas de uma vez só, tal e qual um genocida insandecido.

Minhas ilusões, tão preciosas quanto o mais puro diamante, eram frágeis como a felicidade cantada por Vinícius de Moraes e muitas delas mantive escondido por anos e décadas. Tinha a ilusão de que um dia eu poderia ser amado de verdade por alguém, que me veria exatamente como sou e mesmo assim veria em mim - um quase misantropo, meio mau-humorado, metido a escritor, comum e fã de músicas depressivas - sua alma gêmea. Esse ser especial, que conseguiria atingir meu coração, meu cérebro e meu corpo existia, eu tinha essa certeza plena e absoluta. E sabia também - incentivado pelas minhas amigas ilusões - que eu iria encontrá-lo e, mais que isso, saberia identificá-lo sem nenhuma margem de dúvida. Quanto a isso não posso reclamar: essa certeza confirmou-se. Poucas vezes estive tão certo de uma coisa na minha vida quanto ao nome, ao rosto, à voz e à alma dessa pessoa que seria especial para mim. Reconheci-o nitidamente. E mais uma ilusão criou-se a partir daí a de que eu finalmente seria feliz. Como sempre, a ilusão nasceu para ser torturada, mutilada e finalmente morta. Com requintes de crueldade.

Qual a pena para quem mata sonhos alheios? Para quem elimina as preciosas ilusões de pessoas que tem nelas sua bengala para sobreviver em uma estrada repleta de desvãos? Qual o castigo para aqueles que são frios o bastante para fazê-las crescer como um feto saudável e depois as apagam como se praticasse um aborto sanguinário? Assassinos seriais, matadores de aluguel e homicidas passionais matam o corpo. Assassinos de ilusões matam a alma!

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ROXETTE E AS CANÇÕES DE AMOR

Posted by Clenio on 12:30 in
"It must have been love but its over now
It was all that I wanted, now I'm living without..."
 
Minha relação com a música é bem menos racional do que passional. Não sou de ficar analisando rimas, métricas e quetais das canções que gosto, uma vez que o que me importa nelas é o que elas passam, tanto em termos emocionais quanto de ritmo. Obviamente amo letras fortes e dilacerantes (daí minha paixão por Chico Buarque e Alanis Morissette), mas também me rendo a batidas dançantes e contagiantes (por isso adoro Madonna, REM e música pop quase em geral). Não quero julgar competências musicais, quero apenas ser arrebatado pelo som, seja pra dançar uma noite inteira ou rasgar meu coração. Dito isso, afirmo que não sou capaz (ao menos em termos críticos) de fazer uma apreciação formal do show dos suecos do Roxette, ontem à noite, aqui em Porto Alegre. Não fui ao show esperando uma revolução musical mas sim uma volta ao passado, a uma adolescência que, se não foi extremamente feliz também não foi marcada por nenhum grande trauma. Acredito que a maioria esmagadora das pessoas que lotaram o Pepsi On Stage buscava a mesma coisa que eu: a sensação de trazer de volta boas lembranças (ou não tão boas assim, mas marcantes de qualquer jeito...) Sendo assim, tenho certeza que a missão foi cumprida: em quase duas horas de show, a plateia cantou, pulou, gritou, vibrou, aplaudiu e se emocionou (enfim, tudo que se faz num bom espetáculo pop) ao cantar sucessos como "It must have been love" (quem nunca assistiu a "Uma linda mulher" que atire a primeira pedra), "Spending my time" (saudades das reuniões dançantes movidas a refrigerante...) e as energéticas "Joyride" e "How do you do?" (que levantou de vez a galera). Foi uma experiência muito boa, mas ao voltar pra casa dois pensamentos aparentemente sem conexão tomaram minha cabeça (e eis aqui a verdadeira razão e objetivo desse post). Explicá-los-ei agora.

O primeiro deles diz respeito ao poder da música. Diferentemente das outras formas de arte como o teatro (que atinge um número relativamente pequeno de espectadores), cinema (cujos produtos são consumidos rapidamente e muitas vezes com uma efemeridade atroz) e literatura (que ainda tem menos adeptos do que o teatro), a música é capaz de atingir uma quantidade imensa de pessoas, de diferentes credos, culturas, sexos, faixas etárias ou times de futebol (como canta Madonna, "music makes the people come together"...) Uma única canção é capaz de atingir o coração de pessoas daqui, do Cazaquistão, do Acre, da Bósnia e daquele pequeno país cuja existência ninguém tem conhecimento. Quantos relacionamentos felizes/infelizes/incompletos/obsessivos uma boa canção pop não é capaz de embalar? Vai saber se "It must have been love" não fez uma indiana chorar desesperadamente ao mesmo tempo em que uniu um casal na Coréia do Norte? A mesma música pode trazer lembranças maravilhosas a um mecânico da França e uma dor excruciante a um executivo de Genebra. Essa democracia - que nivela todo e qualquer ser humano, assim como o amor - é o que mais me fascina na música. Imagino a sensação que é, para um artista, ver uma plateia de milhares de pessoas entoar uma composição sua... Deve ser de arrepiar qualquer cidadão...

E por fim, o último pensamento da noite: é estranha a sensação de, mesmo cercado de centenas e centenas de pessoas, rodeado de amigos e com a alma massageada por um festival de recordações sonoras, sentir-me a mais só das criaturas. Felizmente Marie e Per não cantaram "You don't understand me" porque senão seria insuportável. E ainda bem que não tenho mais o número de certo telefone...

T... miss you....

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ENTERRADO VIVO

Posted by Clenio on 12:41 in
Ryan Reynolds não é um ator carismático nem tão talentoso quanto James Franco. A comparação pode parecer arbitrária, mas não é. Os dois jovens atores fizeram trabalhos semelhantes em 2010, em filmes com resultados bem diferentes em termos de crítica. Enquanto "127 horas", estrelado por Franco concorreu a 6 Oscar - incluindo melhor filme e ator - o longa de Rodrigo Cortes - que tem Reynolds como protagonista - teve que contentar-se com um prêmio de roteiro concedido pelo National Board of Review e com alguns elogios da imprensa especializada. Nenhum dos filmes foi um êxito comercial - o que pode ser explicado por seu formato claustrofóbico - mas qualquer espectador percebe de longe o quanto a obra de Danny Boyle é superior a "Enterrado vivo".

A trama do filme é simples como convém um motorista de caminhão americano é pego como refém em uma emboscada no Iraque e é enterrado vivo enquanto seu resgate de 5 milhões de dólares não é pago. Munido apenas de um telefone celular e um isqueiro, Paul Conroy (vivido com garra mas sem simpatia pelo ex-senhor Scarlett Johansson) tenta ajudar o governo dos EUA a localizá-lo e, ainda mais importante, luta por sua vida e busca contato com a família. Logicamente a bateria do telefone não durará para sempre, assim como o oxigênio do caixão, o que deixa sua tarefa bastante complicada.

É inegável que a direção de Rodrigo Cortes é admirável, uma vez que absolutamente toda a ação do filme se passa em um exíguo caixão sob a terra. Não perder o pique não é missão das mais fáceis, principalmente em uma época em que a plateia anda exigindo mais e mais ação. No entanto, apesar de estender por tempo demais a narrativa, Cortes sabe segurar a atenção do público até o final avassalador. O maior problema é, sem dúvida, a falta de carisma de Reynolds, que, ao contrário de James Franco, não ganha a audiência nem mesmo em seus momentos de maior desespero. "Enterrado vivo" é um filme interessante, mas não assista de jeito nenhum se sofrer de claustrofobia...

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A SÉTIMA ALMA

Posted by Clenio on 15:49 in
Os fãs do gênero suspense que mal podem esperar pela estreia de "Pânico 4", marcada para o próximo dia 15 de abril tem que estar apreensivos. O filme imediatamente anterior de seu diretor e criador Wes Craven é uma das coisas mais medonhas já realizadas no cinema americano, capaz de constranger até o menos exigente espectador. "A sétima alma" não é apenas ruim. Sua união de um roteiro péssimo, um elenco sofrível e uma trama sem pé nem cabeça fazem dele uma bomba absoluta, que não serve nem ao menos de aperitivo enquanto não chega a metade do mês.

A trama oca criada por Craven - que também é pai do hoje humilhado Freddy Krueger - se passa em uma cidade do interior dos EUA que é assombrada pelas lembranças de uma trágica noite, ocorrida 16 anos antes, quando um psicopata, antes de morrer, jurou voltar para matar as crianças nascidas na noite de sua morte. Quando os adolescentes começam a morrer violentamente, o jovem Bug (Max Thieriot, um Ethan Hawke sem talento) passa a ter visões dos assassinatos, ficando em sérias dúvidas se tudo não faz parte de sua imaginação ou se a alma do serial killer penetrou na sua.

Toda a criatividade que Craven demonstrou na série "Pânico", que reinventou de forma irônica o gênero "terror adolescente" parece ter se esvaído em "A sétima alma". Os crimes são mostrados sem qualquer resquício de inteligência, as personagens são totalmente destituídas de personalidade e o roteiro é de uma pobreza franciscana. Torçamos fervorosamente que a quarta parte da série mais divertida de Craven não siga esse mesmo caminho.

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UMA MANHÃ GLORIOSA

Posted by Clenio on 22:29 in
"Daybreak" é um programa matutino de TV nos moldes do "Mais Você". Apresentado pela Colleen Peck (Diane Keaton), ele precisa urgentemente aumentar sua audiência e a contratação da jovem e dedicada - para não dizer obcecada por trabalho - Becky Fuller (Rachel McAdams) parece ser a solução ideal. Ágil, prestativa e criativa, ela tem a ideia de fazer a quase fútil Colleen dividir a bancada do programa com o prestigiado e respeitado Mike Pomeroy (Harrison Ford), para desespero do veterano repórter- considerado pelos colegas como a terceira pior pessoa do mundo. Pomeroy considera o "Daybreak" o degrau mais baixo que sua carreira pode atingir e, obrigado por contrato a apresentá-lo, passa a dar um trabalho hercúleo à nova produtora, que ainda precisa lidar com um romance iniciante com um colega, Adam Bennett (Patrick Wilson).

Essa é a história de "Uma manhã gloriosa", uma mistura de comédia romântica com crítica azeda à televisão, dirigida pelo inglês Roger Michell, que tem no currículo tanto o delicioso "Um lugar chamado Notting Hill" quanto "Amor para sempre", a tenebrosa adaptação do sensacional romance de Ian McEwan. Sem a mesma verve cômica demonstrada no filme com Julia Roberts - e nem tampouco seu excelente elenco de apoio e seu roteiro inteligente - Michell não consegue mais do que estampar um tímido sorriso no rosto do espectador, devido basicamente ao talento de Rachel McAdams, que além de linda, é uma atriz ainda pouco valorizada pela indústria. Atuando ao lado de nomes consagrados como um envelhecido Harrison Ford e uma subaproveitada Diane Keaton, McAdams não fica a desejar, ainda que nenhuma das histórias criadas no roteiro seja devidamente desenvolvida. "Uma manhã gloriosa" é apenas isso, uma comédia agradável, mas que não cumpre tudo que seu elenco estelar promete. Como sessão da tarde, funciona.

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HOMENS EM FÚRIA

Posted by Clenio on 22:20 in
É de sentir pena constatar que Robert De Niro, um dos mais extraordinários atores do cinema americano, está preso a filmes tão medíocres como este "Homens em fúria". Além de chato, a nova obra de John Curran - que também comandou o enfadonho "Tentação", com Mark Ruffalo e Naomi Watts - é pedante e tem uma psicologia de botequim capaz de fazer corar qualquer um. E o pior é pensar que, como co-astro de De Niro, está outro grande ator, Edward Norton. E nem mesmo a chance de ver esses dois monstros contracenando é capaz de disfarçar a extrema frustração quando os créditos finais surgem na tela.

A história do filme é até razoavelmente interessante: às vésperas da aposentadoria, o oficial de condicional Jack Mabry (De Niro) tenta ser convencido pelo prisioneiro Gerald Creeson (Norton) a ajudá-lo a sair da cadeia - para onde foi mandado após matar cruelmente os avós - e recomeçar a vida. Sentindo uma certa frieza do oficial em colaborar com seus planos, Creedson convence sua bela e fogosa esposa, Lucetta (Milla Jovovich) a seduzí-lo. Obedientemente, a jovem cumpre o prometido, e a vida do regrado Mabry - que é casado com a religiosa Madylyn (Frances Conroy) - fica intimamente ligada a do violento presidiário.

Repleto de psicologismos rasos, a trama não empolga nem excita, e por mais que os dois protagonistas façam o possível e o impossível para dar veracidade às personagens o ritmo devagar/quase parando não ajuda nem um pouco. E o final, então, é de dar vontade de socar o roteirista e proibí-lo de escrever qualquer outra coisa na vida - o que é uma surpresa, uma vez que a primeira sequência, que mostra uma cena do passado entre o casal Marbry, tem clima e é surpreendente. Infelizmente, é mais um tiro n'água na carreira de De Niro - que, precisa urgentemente de um novo fôlego na carreira.

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