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CONSPIRAÇÃO AMERICANA
Posted by Clenio
on
16:24
in
CINEMA 2012
A ideia é bastante interessante: fazer filmes sobre o passado dos EUA da
maneira mais correta historicamente possível. O resultado, no entanto,
não foi tão satisfatório assim. "Conspiração americana", primeiro filme
da American Film Company, custou 25 milhões de dólares mas, a despeito
de boas críticas, mal passou dos 10 milhões de arrecadação desde sua
estreia, em abril de 2011. Culpa do público ianque, desinteressado da
própria história? Culpa do gênero, que nunca esteve entre os mais
populares? Ou culpa do diretor Robert Redford que, apesar do prestígio
nunca assinou, como diretor, um sucesso de bilheteria? Qualquer que seja
a resposta, é mandatório dizer que, apesar do relativo fracasso,
"Conspiração americana" é um belo filme histórico, com uma acurada
reconstituição de época e um elenco em dias inspirados.
Obviamente é necessário que haja um mínimo de interesse em História dos EUA para que a experiência de se assistir ao filme seja completa. Como é habitual na filmografia do Redford diretor, o ritmo é lento, quase contemplativo e, para os mal-habituados fãs de "Transformers" e outros lixos que Hollywood insiste em despejar sistematicamente nas salas de cinema, um teste de paciência. No entanto, é um filme de tribunal bem escrito, dirigido com capricho e, melhor ainda, que conta uma história ainda pouco conhecida do grande público (ou, ao menos, pouco divulgada). Quem lidera o grande elenco é o ótimo James McAvoy, na pele de Frederick Aiken, um jovem advogado que, em 1865, recebe do governo americano uma dura incumbência: defender nos tribunais uma mulher acusada de conspirar para o recente assassinato do presidente Abraham Lincoln. Mary Surrat (Robin Wright, fantástica como sempre) é a dona de uma pensão onde se reunia um grupo de conspiradores que incluía seu filho, John (Johnny Simmons) e o próprio assassino, o ator John Wilkes Booth. Se condenada, Mary poderá ir para a forca e Aiken (idealista e veterano da Guerra de Secessão) sente que defendê-la é trair a pátria. Mesmo assim, aceita a missão e, enquanto luta para inocentá-la, vê toda a sociedade virar-lhe as costas.
Uma das maiores qualidades de "Conspiração americana" é seu elenco. Além de McAvoy e Robin Wright em atuações dedicadas e intensas, é possível deliciar-se com Tom Wilkinson, Evan Rachel-Wood, Danny Huston e o cada vez mais sumido Kevin Kline em papéis difíceis e interpretações muito acima do chamado do dever. Mesmo que por vezes o público (em especial aquele que não estuda a história americana no currículo escolar) sinta-se um tanto perdido com tanta informação, só assistir ao show de seus atores já vale o ingresso.
Pode não ser um programa dos mais divertidos, mas é um filme acima da média, realizado com garra e dedicação. Pra quem gosta de boas histórias é um prato cheio!
Obviamente é necessário que haja um mínimo de interesse em História dos EUA para que a experiência de se assistir ao filme seja completa. Como é habitual na filmografia do Redford diretor, o ritmo é lento, quase contemplativo e, para os mal-habituados fãs de "Transformers" e outros lixos que Hollywood insiste em despejar sistematicamente nas salas de cinema, um teste de paciência. No entanto, é um filme de tribunal bem escrito, dirigido com capricho e, melhor ainda, que conta uma história ainda pouco conhecida do grande público (ou, ao menos, pouco divulgada). Quem lidera o grande elenco é o ótimo James McAvoy, na pele de Frederick Aiken, um jovem advogado que, em 1865, recebe do governo americano uma dura incumbência: defender nos tribunais uma mulher acusada de conspirar para o recente assassinato do presidente Abraham Lincoln. Mary Surrat (Robin Wright, fantástica como sempre) é a dona de uma pensão onde se reunia um grupo de conspiradores que incluía seu filho, John (Johnny Simmons) e o próprio assassino, o ator John Wilkes Booth. Se condenada, Mary poderá ir para a forca e Aiken (idealista e veterano da Guerra de Secessão) sente que defendê-la é trair a pátria. Mesmo assim, aceita a missão e, enquanto luta para inocentá-la, vê toda a sociedade virar-lhe as costas.
Uma das maiores qualidades de "Conspiração americana" é seu elenco. Além de McAvoy e Robin Wright em atuações dedicadas e intensas, é possível deliciar-se com Tom Wilkinson, Evan Rachel-Wood, Danny Huston e o cada vez mais sumido Kevin Kline em papéis difíceis e interpretações muito acima do chamado do dever. Mesmo que por vezes o público (em especial aquele que não estuda a história americana no currículo escolar) sinta-se um tanto perdido com tanta informação, só assistir ao show de seus atores já vale o ingresso.
Pode não ser um programa dos mais divertidos, mas é um filme acima da média, realizado com garra e dedicação. Pra quem gosta de boas histórias é um prato cheio!