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BURLESQUE

Posted by Clenio on 18:19 in
Em 1995 o diretor holandês Paul Verhoeven foi praticamente apedrejado nas ruas por ter assinado "Showgirls", que logo em sua estreia recebeu da crítica e do público o título de um dos piores filmes de todos os tempos. Com o tempo, seu trabalho acabou tornando-se cult, principalmente por ter uma aura de filme B que lhe deixa mais engraçado do que ambicioso. Talvez isso aconteça daqui a uns quinze anos com "Burlesque", veículo para o estrelato da cantora Christina Aguilera. Com um roteiro medíocre, atuações caricatas e um visual cafona, o filme dirigido (força de expressão) por Steve Antin (que era o vilão adolescente de "Os goonies") só diverte mesmo se não for levado a sério em nenhum momento.

Marcando a volta da atriz/cantora/show-woman Cher às telas depois de uma ausência de 11 anos (sem contar a rápida aparição em "Ligado em você", de 2003, sua última performance como atriz de cinema havia sido em "Chá com Mussollini", de Franco Zefirelli), "Burlesque" é clichê do início ao fim: tudo começa quando a ambiciosa e talentosa Ali (Christina Aguilera ainda magra e com a voz potente de sempre) sai de sua Iowa natal para tentar a sorte em Los Angeles. Depois de ser rejeitada em várias audições ela arruma emprego como garçonete no clube Burlesque, comandado no fio da navalha financeira pela experiente Tess (Cher em um papel que em nada lhe exige). Não demora para que Ali mostre a todos que tem uma grande voz e torne-se a grande estrela do lugar, chamando a atenção do milionário Marcus (Eric Dane) e demorando a perceber que seu melhor amigo - e aspirante a compositor - Jack (Cam Gigandet) cai de amores por ela. Unindo-se a Tess, ela irá tentar salvar o Burlesque de fechar.

Para os fãs de Aguilera, "Burlesque" é a pedida ideal. Os números musicais são feitos especificamente para que ela demonstre seus dotes vocais e de dançarina e para isso funcionam perfeitamente (ainda que as canções não sejam exatamente brilhantes). O resto, no entanto, é de uma pobreza franciscana. Os diálogos são fracos, o elenco coadjuvante é desperdiçado (Stanley Tucci e Alan Cumming fazem pontas de luxo) e a trama - se é que pode ser chamada assim - é derivativa ao extremo. Se não se levasse tão à sério poderia ser divertido e simpático. Mas lhe falta a ironia tão bem-vinda em musicais. E só dá a Cher a chance de uma única canção (que inclusive levou o Golden Globe). É muito pouco resultado pra muita ambição.

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2 Comments


O filme é uma bosta em todos os sentidos mesmo, mas não nego que achei divertido, rs

Um tipo de "guilty pleasure", mas ainda sim: uma grande bosta.

Abs.


Foi mal a falta de comentários por aqui, Clênio!

Vi esse filme no final do ano passado. Que bomba!
Números musicais muito bagunçados, atuações fracas, roteiro clichê.
Enfim, KABOOM!

Abraço,
Thomás
http://brazilianmovieguy.blogspot.com.br/

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