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LADY GAGA EM PORTO ALEGRE... EU FUI. E ADOREI!
Posted by Clenio
on
17:25
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MÚSICA
"Sou ambiciosa, mas se não fosse tão talentosa como sou ambiciosa, eu seria uma monstruosidade atroz." Essa afirmação, feita para a revista Time de 1985 é de Madonna, certamente a mais bem-sucedida estrela da música pop de todos os tempos. Mas também cai como uma luva em um outro ídolo da música norte-americana que, sintomaticamente, começou a ainda curta carreira bebendo na fonte da Material Girl. Em pouco mais de quatro anos, a nova-iorquina Stefani Joanne Angelina Germanotta pulou do anonimato para a fama absoluta, inundando as pistas de dança com seus hits contagiantes e causando estranheza com seu figurino bizarro, suas polêmicas visuais e - para sorte dos fãs de boa música pop - seu enorme talento musical. Confirmando o que disse Madonna, se junto com todo o festival de bizarrices não viesse também um descomunal talento, hoje em dia Lady Gaga seria apenas um apêndice de pé de página nos compêndios musicais - limbo onde se encontram hoje em dia dezenas de wannabes que não resistiram à potencial efemeridade do sucesso imediato.
Mas o assunto desse post não é fazer um inventário sobre a carreira e a música de Lady Gaga - mesmo porque falta-me conhecimento de causa para isso. Esse texto é apenas para registrar a excelência do show apresentado por Gaga em Porto Alegre, diante de um público relativamente pequeno - apenas 16 mil pessoas. A baixa vendagem dos ingressos pode ser creditada a vários fatores - o show foi divulgado em cima da hora, os ingressos não eram tão baratos assim e o público-alvo já tinha gastado bastante com o show de Madonna (olha ela aí de novo), no próximo dia 09 de dezembro. Mas nada como um bom "cala-te boca". A essa altura os detratores devem estar roendo o cotovelo: não há quem tenha saído do espetáculo - sim, espetáculo é a palavra que melhor define o que foi apresentado - sem estar apaixonado pela Monster.
A superprodução de "Born This Way Ball" é simplesmente impecável. Os bailarinos, as coreografias, o setlist e o clima teatral são absurdamente competentes. Gaga não é apenas uma estrela excêntrica e sim uma cantora de extrema qualidade e carisma. É atenciosa, carinhosa, bem-humorada e gentil - coisas que Madonna, por mais fã que eu seja, não é. Demonstra ser mais humana do que seus vídeos assustadores afirmam. E não deixou nenhum - NENHUM - sucesso de fora do show. Difícil não ficar abismado com a quantidade de hits que a cantora já coleciona em tão pouco tempo de estrada - assim como é emocionante perceber como o discurso de autoaceitação que ela proclama desde sempre acaba sendo o seu diferencial junto a uma parcela do público que nem sempre tem essa mesma autoestima - afirmação essa que encontra respaldo em seu carinho para com os fãs que tem a sorte de subir ao palco e conhecer o camarim da estrela. Mais do que roupas de carne ou polêmicas religiosas/sexuais (que em pouco tempo entram para um museu de grandes novidades), é a forma com que Gaga encara as diferenças - e a devolve transformada em boa música - que faz dela a grande estrela na qual ela vem se transformando. Como ela mesma declara no show, música é feita para falar de paz. E é isso que - a despeito de algumas vozes dissonantes que a encaram como emissária de Satã, para dizer o mínimo (preguiça dessa gente) - ela fez na noite fria de terça-feira em Porto Alegre. Seu show foi divertido, empolgante, visualmente arrebatador e artisticamente inspirador. Madonna é estrela absoluta. Mas o mundo tem - e precisa - de um lugar de honra para Lady Gaga.
Mas o assunto desse post não é fazer um inventário sobre a carreira e a música de Lady Gaga - mesmo porque falta-me conhecimento de causa para isso. Esse texto é apenas para registrar a excelência do show apresentado por Gaga em Porto Alegre, diante de um público relativamente pequeno - apenas 16 mil pessoas. A baixa vendagem dos ingressos pode ser creditada a vários fatores - o show foi divulgado em cima da hora, os ingressos não eram tão baratos assim e o público-alvo já tinha gastado bastante com o show de Madonna (olha ela aí de novo), no próximo dia 09 de dezembro. Mas nada como um bom "cala-te boca". A essa altura os detratores devem estar roendo o cotovelo: não há quem tenha saído do espetáculo - sim, espetáculo é a palavra que melhor define o que foi apresentado - sem estar apaixonado pela Monster.
A superprodução de "Born This Way Ball" é simplesmente impecável. Os bailarinos, as coreografias, o setlist e o clima teatral são absurdamente competentes. Gaga não é apenas uma estrela excêntrica e sim uma cantora de extrema qualidade e carisma. É atenciosa, carinhosa, bem-humorada e gentil - coisas que Madonna, por mais fã que eu seja, não é. Demonstra ser mais humana do que seus vídeos assustadores afirmam. E não deixou nenhum - NENHUM - sucesso de fora do show. Difícil não ficar abismado com a quantidade de hits que a cantora já coleciona em tão pouco tempo de estrada - assim como é emocionante perceber como o discurso de autoaceitação que ela proclama desde sempre acaba sendo o seu diferencial junto a uma parcela do público que nem sempre tem essa mesma autoestima - afirmação essa que encontra respaldo em seu carinho para com os fãs que tem a sorte de subir ao palco e conhecer o camarim da estrela. Mais do que roupas de carne ou polêmicas religiosas/sexuais (que em pouco tempo entram para um museu de grandes novidades), é a forma com que Gaga encara as diferenças - e a devolve transformada em boa música - que faz dela a grande estrela na qual ela vem se transformando. Como ela mesma declara no show, música é feita para falar de paz. E é isso que - a despeito de algumas vozes dissonantes que a encaram como emissária de Satã, para dizer o mínimo (preguiça dessa gente) - ela fez na noite fria de terça-feira em Porto Alegre. Seu show foi divertido, empolgante, visualmente arrebatador e artisticamente inspirador. Madonna é estrela absoluta. Mas o mundo tem - e precisa - de um lugar de honra para Lady Gaga.