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OSCAR 2017 - ATOR COADJUVANTE
Aqueles que esperavam que o Golden Globe desse uma luz e ajudasse a apontar um favorito para o Oscar de ator coadjuvante deste ano ficaram desapontados. O escolhido pela crítica estrangeira nos EUA elegeu Aaron Taylor-Johnson por seu desempenho em "Animais notunos", mas o jovem revelado em "O garoto de Liverpool" - onde interpretou um John Lennon pré-Beatles - nem chegou a ser indicado pela Academia, sendo substituído por seu colega de elenco Michael Shannon. Tal surpresa embaralhou ainda mais as cartas da disputa, em um ano bastante competitivo, mas que, a julgar por alguns dos outros prêmios distribuídos na temporada, tem um discreto favorito.
MAHERSHALA ALI - Poucos lembram dele como o interesse romântico da mãe adotiva de Brad Pitt em "O curioso caso de Benjamin Button", mas o diretor do filme, David Fincher, gostou tanto do seu trabalho que o escalou para um papel fixo na série "House of Cards". Hoje, Mahershala Ali, cujo nome de batismo é impronunciável, está no elenco de dois dos concorrentes a melhor filme do ano - "Moonlight" e "Estrelas além do tempo" - e conquistou sua primeira indicação ao Oscar pelo primeiro, no qual vive um traficante de drogas de bom coração, que ajuda o protagonista a atravessar as dificuldades da infância em um ambiente hostil. Premiado pelos críticos de Los Angeles e Nova York, além da National Society of Film Critics e do Sindicato de Atores, Ali desponta como o favorito. Não seria uma vitória injusta: em poucos minutos de tela, ele conquista a plateia mesmo com um personagem cujas intenções parecem dúbias desde o primeiro momento.
JEFF BRIDGES - O veterano do ano, Bridges está no páreo pela sétima vez. Já vencedor na categoria principal, por "Coração louco" (2009), dessa vez ele batalha como coadjuvante, roubando descaradamente a cena em "A qualquer custo", na pele de um xerife ranzinza que persegue uma dupla de irmãos que vem cometendo uma série de assaltos a banco no interior do Texas. Um rasgo de humor em um equilibrado misto de policial e western, Bridges foi eleito o melhor do ano pelo prestigiado National Board of Review. Sua vitória seria uma surpresa, mas bastante merecida.
LUCAS HEDGES - Com apenas 19 anos de idade, Hedges conquistou um dos papéis mais celebrados da temporada, como o adolescente que precisa lidar com a morte prematura do pai e as dúvidas do tio em aceitar seu tutor, em "Manchester à beira-mar". Em uma atuação discreta mas eficiente, o rapaz tirou de letra o desafio e, mesmo que esteja longe de ser um favorito, pode utilizar esse grande incentivo como catapulta para uma carreira bastante promissora.
DEV PATEL - Conhecido do público por seu trabalho como protagonista no multioscarizado "Quem quer ser um milionário?" (2008), Patel, por incrível que pareça, não é indiano, e sim inglês. Nascido em Londres em 1990, filho de pais quenianos, ele aproveitou o sucesso do premiado filme de Danny Boyle para construir uma carreira com alguns sucessos (os dois exemplares de "O Exótico Hotel Marigold"), alguns fracassos ("O último mestre do ar", de M. Night Shyamalan) e o subestimado "Chappie" (2015), de Neill Blomkamp, diretor de "Distrito 9". Em "Lion: uma jornada para casa", ele interpreta (mais uma vez) um rapaz indiano, mas dessa vez seu objetivo não é vencer um game-show televisivo, mas sim reencontrar a família da qual se perdeu na infância, antes de ser adotado por um casal australiano. Patel surpreendeu ao levar pra casa o BAFTA (o Oscar britânico) e pode também surgir como uma opção para os eleitores que gostaram do filme de Garth Davis a ponto de lhe colocarem também na disputa pelo prêmio principal.
MICHAEL SHANNON - Talvez o azarão da disputa, Shannon concorre à estatueta pela segunda vez na carreira. A primeira foi na cerimônia de 2009, quando foi indicado por "Foi apenas um sonho". Em "Animais noturnos", dirigido pelo estilista Tom Ford, ele vive um policial condenado por um câncer terminal que ajuda o protagonista interpretado por Jake Gyllenhaal a vingar-se dos homens que destruíram sua família. Ator de grandes recursos, Shannon pode ser prejudicado pela esnobada generalizada que a Academia deu ao filme de Ford - enquanto outras premiações foram bem mais generosas. Se for o vencedor será uma das maiores surpresas deste ano.
MAHERSHALA ALI - Poucos lembram dele como o interesse romântico da mãe adotiva de Brad Pitt em "O curioso caso de Benjamin Button", mas o diretor do filme, David Fincher, gostou tanto do seu trabalho que o escalou para um papel fixo na série "House of Cards". Hoje, Mahershala Ali, cujo nome de batismo é impronunciável, está no elenco de dois dos concorrentes a melhor filme do ano - "Moonlight" e "Estrelas além do tempo" - e conquistou sua primeira indicação ao Oscar pelo primeiro, no qual vive um traficante de drogas de bom coração, que ajuda o protagonista a atravessar as dificuldades da infância em um ambiente hostil. Premiado pelos críticos de Los Angeles e Nova York, além da National Society of Film Critics e do Sindicato de Atores, Ali desponta como o favorito. Não seria uma vitória injusta: em poucos minutos de tela, ele conquista a plateia mesmo com um personagem cujas intenções parecem dúbias desde o primeiro momento.
JEFF BRIDGES - O veterano do ano, Bridges está no páreo pela sétima vez. Já vencedor na categoria principal, por "Coração louco" (2009), dessa vez ele batalha como coadjuvante, roubando descaradamente a cena em "A qualquer custo", na pele de um xerife ranzinza que persegue uma dupla de irmãos que vem cometendo uma série de assaltos a banco no interior do Texas. Um rasgo de humor em um equilibrado misto de policial e western, Bridges foi eleito o melhor do ano pelo prestigiado National Board of Review. Sua vitória seria uma surpresa, mas bastante merecida.
LUCAS HEDGES - Com apenas 19 anos de idade, Hedges conquistou um dos papéis mais celebrados da temporada, como o adolescente que precisa lidar com a morte prematura do pai e as dúvidas do tio em aceitar seu tutor, em "Manchester à beira-mar". Em uma atuação discreta mas eficiente, o rapaz tirou de letra o desafio e, mesmo que esteja longe de ser um favorito, pode utilizar esse grande incentivo como catapulta para uma carreira bastante promissora.
DEV PATEL - Conhecido do público por seu trabalho como protagonista no multioscarizado "Quem quer ser um milionário?" (2008), Patel, por incrível que pareça, não é indiano, e sim inglês. Nascido em Londres em 1990, filho de pais quenianos, ele aproveitou o sucesso do premiado filme de Danny Boyle para construir uma carreira com alguns sucessos (os dois exemplares de "O Exótico Hotel Marigold"), alguns fracassos ("O último mestre do ar", de M. Night Shyamalan) e o subestimado "Chappie" (2015), de Neill Blomkamp, diretor de "Distrito 9". Em "Lion: uma jornada para casa", ele interpreta (mais uma vez) um rapaz indiano, mas dessa vez seu objetivo não é vencer um game-show televisivo, mas sim reencontrar a família da qual se perdeu na infância, antes de ser adotado por um casal australiano. Patel surpreendeu ao levar pra casa o BAFTA (o Oscar britânico) e pode também surgir como uma opção para os eleitores que gostaram do filme de Garth Davis a ponto de lhe colocarem também na disputa pelo prêmio principal.
MICHAEL SHANNON - Talvez o azarão da disputa, Shannon concorre à estatueta pela segunda vez na carreira. A primeira foi na cerimônia de 2009, quando foi indicado por "Foi apenas um sonho". Em "Animais noturnos", dirigido pelo estilista Tom Ford, ele vive um policial condenado por um câncer terminal que ajuda o protagonista interpretado por Jake Gyllenhaal a vingar-se dos homens que destruíram sua família. Ator de grandes recursos, Shannon pode ser prejudicado pela esnobada generalizada que a Academia deu ao filme de Ford - enquanto outras premiações foram bem mais generosas. Se for o vencedor será uma das maiores surpresas deste ano.