0
OSCAR 2018 - MELHOR ATOR COADJUVANTE
Uma semana para o Oscar e todo mundo que é apaixonado por cinema já está com as apostas feitas, torcidas organizadas e o estoque de pipoca garantido. A partir de hoje, vamos analisar as principais categorias (as mais populares, digamos assim) e tentar adivinhar o pensamento dos eleitores da Academia. É um exercício que vem ficando a cada ano menos complicado, uma vez que outras cerimônias de premiação dão pistas mais do que suficientes para rastrear o pensamento comum da indústria - e acabam por deixar o Oscar, por mais glamouroso que seja, com um certo gostinho de anti-clímax, já que a essa altura do campeonato todas as entregas de prêmio soam extremamente parecidas, com uma ou outra surpresa para não ser totalmente previsível.
Este ano vamos começar com a categoria Melhor Ator Coadjuvante - que deixou de lado alguns nomes elogiados e esperados, como a dupla de "Me chame pelo seu nome", Armie Hammer e Michael Stuhlbarg. Ano passado, Mahershala Ali saiu vitorioso por "Moonlight: sob a luz do luar" - depois de ter sido eleito o melhor em praticamente todas as associações de críticos, além de ter levado o Golden Globe para casa. Este ano parece que a disputa está meio ganha, mas será realmente que dá para apostar tudo em Sam Rockwell?
WILLEM DAFOE (Projeto Flórida) - No começo da temporada de premiações, parecia que finalmente o veterano Willem Dafoe estava no caminho certo para ganhar seu primeiro Oscar, depois de outras indicações infrutíferas - por "Platoon" (86) e "A sombra do vampiro" (2000). Na pele do zelador de um hotel que serve como testemunha das aventuras de uma mãe solteira e sua filha pequena no drama independente "Projeto Flórida", Dafoe conquistou os críticos de Los Angeles e Nova York, além dos eleitores do National Board of Review, um tradicional círculo de críticos de cinema. A partir do Golden Globe, porém, suas chances foram diminuindo consideravelmente, e hoje só mesmo uma reviravolta pode lhe devolver o favoritismo. Como a Academia gosta de homenagear atores por suas carreiras e não apenas por um trabalho específico, Dafoe ainda pode sonhar com a estatueta - mas seria uma pequena zebra no caminho de Sam Rockwell.
WOODY HARRELSON (Três anúncios para um crime) - Também indicado pela terceira vez - as anteriores foram como melhor ator em "O povo contra Larry Flynt" (96) e coadjuvante em "O mensageiro" (2009) - o polêmico Harrelson volta à disputa competindo com o colega de elenco Sam Rockwell. Sua indicação é justa e merecida, mas suas chances são pequenas em comparação com as de seu parceiro. Sua presença na lista de indicados, no entanto, pode atrapalhar os planos de Rockwell se os eleitores resolverem dividir os votos entre os dois atores e abrir espaço para um terceiro nome: é pouco provável, mas pode acontecer. Ainda assim, Harrelson se mantém como um nome ativo e respeitado pela Academia - e pode ser reconhecido em breve com uma estatueta.
RICHARD JENKINS (A forma da água) - Jenkins também já conhece o gostinho de uma indicação ao Oscar - concorreu como melhor ator por "O visitante" (2008). Conhecido como o patriarca morto da série "A sete palmos", ele surge como o azarão da categoria: no filme de Guillermo Del Toro, ele interpreta o vizinho homossexual da protagonista Sally Hawking, que embarca no ousado plano da amiga como forma de lutar contra o preconceito. É um belo desempenho, mas deve ficar apenas na indicação.
CHRISTOPHER PLUMMER (Todo o dinheiro do mundo) - Premiado na mesma categoria em 2012, pelo filme "Toda forma de amor", o veteraníssimo Plummer surpreendeu a todos quando refez, em um prazo exíguo de filmagens, todo o trabalho que Kevin Spacey havia feito no filme de Ridley Scott. Spacey, caído em desgraça em Hollywood por acusações de estupro e assédio, poderia estar na lista de indicados deste ano, mas é seu substituto quem acabou abocanhando a vaga - muito por sua capacidade de embarcar em um desafio a essa altura da carreira. Sua vitória seria um tiro de misericórdia em Spacey, mas é improvável que isso vá acontecer, em especial depois da polêmica envolvendo a diferença gritante dos salários de seus colegas de elenco Mark Wahlberg e Michelle Williams.
SAM ROCKWELL (Três anúncios para um crime) - O grande favorito da categoria. Ator excepcional e pouco reconhecido, Rockwell trabalha novamente sob a batuta do diretor Martin McDonaugh (com quem fez o pouco visto "Sete psicopatas e um shi-tzu") e dessa vez finalmente chamou a atenção da Academia e dos críticos. Premiado com o Golden Globe, o Critics Choice Awards e o SAG Award (do sindicato dos atores dos EUA), Rockwell chega ao Oscar com uma confortável margem de favoritismo. Se não houver uma grande mudança de vento no pensamento dos votantes, sairá da festa com uma merecida estatueta nas mãos.
TORCIDA: Sam Rockwell
FAVORITO: Sam Rockwell
NA DISPUTA: Willem Dafoe e Woody Harrelson
AZARÃO: Richard Jenkins
Este ano vamos começar com a categoria Melhor Ator Coadjuvante - que deixou de lado alguns nomes elogiados e esperados, como a dupla de "Me chame pelo seu nome", Armie Hammer e Michael Stuhlbarg. Ano passado, Mahershala Ali saiu vitorioso por "Moonlight: sob a luz do luar" - depois de ter sido eleito o melhor em praticamente todas as associações de críticos, além de ter levado o Golden Globe para casa. Este ano parece que a disputa está meio ganha, mas será realmente que dá para apostar tudo em Sam Rockwell?
WILLEM DAFOE (Projeto Flórida) - No começo da temporada de premiações, parecia que finalmente o veterano Willem Dafoe estava no caminho certo para ganhar seu primeiro Oscar, depois de outras indicações infrutíferas - por "Platoon" (86) e "A sombra do vampiro" (2000). Na pele do zelador de um hotel que serve como testemunha das aventuras de uma mãe solteira e sua filha pequena no drama independente "Projeto Flórida", Dafoe conquistou os críticos de Los Angeles e Nova York, além dos eleitores do National Board of Review, um tradicional círculo de críticos de cinema. A partir do Golden Globe, porém, suas chances foram diminuindo consideravelmente, e hoje só mesmo uma reviravolta pode lhe devolver o favoritismo. Como a Academia gosta de homenagear atores por suas carreiras e não apenas por um trabalho específico, Dafoe ainda pode sonhar com a estatueta - mas seria uma pequena zebra no caminho de Sam Rockwell.
WOODY HARRELSON (Três anúncios para um crime) - Também indicado pela terceira vez - as anteriores foram como melhor ator em "O povo contra Larry Flynt" (96) e coadjuvante em "O mensageiro" (2009) - o polêmico Harrelson volta à disputa competindo com o colega de elenco Sam Rockwell. Sua indicação é justa e merecida, mas suas chances são pequenas em comparação com as de seu parceiro. Sua presença na lista de indicados, no entanto, pode atrapalhar os planos de Rockwell se os eleitores resolverem dividir os votos entre os dois atores e abrir espaço para um terceiro nome: é pouco provável, mas pode acontecer. Ainda assim, Harrelson se mantém como um nome ativo e respeitado pela Academia - e pode ser reconhecido em breve com uma estatueta.
RICHARD JENKINS (A forma da água) - Jenkins também já conhece o gostinho de uma indicação ao Oscar - concorreu como melhor ator por "O visitante" (2008). Conhecido como o patriarca morto da série "A sete palmos", ele surge como o azarão da categoria: no filme de Guillermo Del Toro, ele interpreta o vizinho homossexual da protagonista Sally Hawking, que embarca no ousado plano da amiga como forma de lutar contra o preconceito. É um belo desempenho, mas deve ficar apenas na indicação.
CHRISTOPHER PLUMMER (Todo o dinheiro do mundo) - Premiado na mesma categoria em 2012, pelo filme "Toda forma de amor", o veteraníssimo Plummer surpreendeu a todos quando refez, em um prazo exíguo de filmagens, todo o trabalho que Kevin Spacey havia feito no filme de Ridley Scott. Spacey, caído em desgraça em Hollywood por acusações de estupro e assédio, poderia estar na lista de indicados deste ano, mas é seu substituto quem acabou abocanhando a vaga - muito por sua capacidade de embarcar em um desafio a essa altura da carreira. Sua vitória seria um tiro de misericórdia em Spacey, mas é improvável que isso vá acontecer, em especial depois da polêmica envolvendo a diferença gritante dos salários de seus colegas de elenco Mark Wahlberg e Michelle Williams.
SAM ROCKWELL (Três anúncios para um crime) - O grande favorito da categoria. Ator excepcional e pouco reconhecido, Rockwell trabalha novamente sob a batuta do diretor Martin McDonaugh (com quem fez o pouco visto "Sete psicopatas e um shi-tzu") e dessa vez finalmente chamou a atenção da Academia e dos críticos. Premiado com o Golden Globe, o Critics Choice Awards e o SAG Award (do sindicato dos atores dos EUA), Rockwell chega ao Oscar com uma confortável margem de favoritismo. Se não houver uma grande mudança de vento no pensamento dos votantes, sairá da festa com uma merecida estatueta nas mãos.
TORCIDA: Sam Rockwell
FAVORITO: Sam Rockwell
NA DISPUTA: Willem Dafoe e Woody Harrelson
AZARÃO: Richard Jenkins