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GUERRA AO TERROR
Posted by Clenio
on
22:00
in
EM DVD
Qualquer fã de cinema sabe que Kathryn Bigelow tornou-se, no início deste ano, a primeira mulher a levar o Oscar de direção. Qualquer leitor de colunas de fofocas sabe também que ela tirou a estatueta das mãos do ex-marido James Cameron, que concorria pelo mega-sucesso "Avatar". E qualquer pessoa bem-informada sabe que seu filme premiado com 6 prêmios da Academia - inclusive melhor filme e roteiro - só estreou nos cinemas brasileiros depois de ter sido lançado em DVD - porque simplesmente ninguém em sã consciência acreditaria que um filme feito com meros 11 milhões de dólares, sem astros consagrados no elenco (os mais famosos, Guy Pearce e Ralph Fiennes aparecem cerca de dez minutos cada um, apenas) e que falava da guerra do Iraque (um veneno de bilheteria) pudesse atrair público. O que talvez nem todo mundo saiba é que foi o próprio James Cameron quem incentivou Bigelow a dirigir o filme, que tornou-se uma espécie de "Platoon" sofre o conflito iraquiano.
O fato é que "Guerra ao terror" é, sim, um bom filme. É extremamente bem-dirigido, é tecnicamente impecável e não se prende a sentimentalismos comuns ao gênero. Mas justamente por optar por um tom quase documental do conflito, o filme nega à platéia um fator muito importante: a identificação. Mesmo que tenha um protagonista - no caso o soldado William James vivido muito bem por Jeremy Renner - o roteiro de Mark Boal (também premiado com o Oscar) não o desenvolve emocionalmente o bastante para que haja conexão com o espectador. Ao mesmo tempo em que isso diferencia o filme do trivial impede a entrega total do público, que entende a trama, a admira, mas nunca se encanta como deveria.
Muitas cenas de "Guerra ao terror" são tensas, fortes, verdadeiras. Kathryn Bigelow mereceu o Oscar, sem dúvida. Mas fica faltando uma emoção palpável ao resultado final. Ainda assim, é um vencedor justo e bastante honesto.
Mais cinema em www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com
O fato é que "Guerra ao terror" é, sim, um bom filme. É extremamente bem-dirigido, é tecnicamente impecável e não se prende a sentimentalismos comuns ao gênero. Mas justamente por optar por um tom quase documental do conflito, o filme nega à platéia um fator muito importante: a identificação. Mesmo que tenha um protagonista - no caso o soldado William James vivido muito bem por Jeremy Renner - o roteiro de Mark Boal (também premiado com o Oscar) não o desenvolve emocionalmente o bastante para que haja conexão com o espectador. Ao mesmo tempo em que isso diferencia o filme do trivial impede a entrega total do público, que entende a trama, a admira, mas nunca se encanta como deveria.
Muitas cenas de "Guerra ao terror" são tensas, fortes, verdadeiras. Kathryn Bigelow mereceu o Oscar, sem dúvida. Mas fica faltando uma emoção palpável ao resultado final. Ainda assim, é um vencedor justo e bastante honesto.
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