CONTRA O TEMPO
O filme já começa em plena ação, quando o jovem Colter Stevens (Jake Gylenhaal) acorda, sobressaltado, durante uma viagem de trem. Um tanto perdido, ele estranha o fato de, aparentemente, conhecer a mulher que está à sua frente (Michelle Monaghan), mesmo que não lembre absolutamente nada a seu respeito. As coisas ficam ainda mais confusas quando, ao olhar-se em um espelho, ele vê o reflexo de outro homem e, pior ainda, quando o trem explode. A partir daí, tanto o espectador quanto o protagonista ficam sabendo do que se trata: piloto de helicóptero do exército americano, Stevens foi ferido em combate e escolhido pela força aérea para participar de um projeto chamado "Source Code" - o que significa, basicamente, que ele utilizará o corpo de outro homem para, dentro de um prazo de oito minutos, tentar descobrir quem é o responsável pela explosão do trem. A cada vez que volta à personalidade que é obrigado a assumir, ele descobre mais detalhes sobre a missão.
Contando é confuso. Assistindo, é intrigante. O roteiro de "Contra o tempo" não é exatamente genial, mas a edição vigorosa, o talento de Jones em comandar cenas de ação que escapam do clichê e a atuação de Gylenhaal - alçado ao posto de protagonista depois do morno "O príncipe da Pérsia" - fazem do filme um entretenimento bastante eficaz e a participação dos sempre competentes Vera Farmiga e Jeffrey Wright também colaboram para confirmar o que todo fã de adrenalina no cinema já começam a desconfiar: Duncan Jones é um nome a ser guardado.