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2011 - PRIMEIROS (FRACOS) FILMES
Posted by Clenio
on
20:52
in
EM DVD 2011
Nada de festa, nada de euforia sem sentido. Antes de tentar ir a uma festa e ficar 40 minutos em uma fila repleta de menores de idade (bela maneira de começar um ano...) resolvi ficar os primeiros dias do ano assistindo a filmes, o maior prazer da minha vida que dispensa um banho depois... E espero honestamente que não seja um presságio para o ano que está iniciano, mas os dois primeiros filmes não foram lá muito bons. Segue comentários:
INSTINTO DE VINGANÇA
Ridley Scott e seu irmão Tony produziram esse suspense sem muito sentido, estrelado por um Josh Lucas tentando provar-se ator sério. Ele interpreta Terry Bernard, um homem que, cinco meses após um transplante de coração, passa a ter uma série de visões relacionadas à morte violenta de seu doador. Sem conseguir controlar-se, ele inicia uma espécie de vingança contra os envolvidos no crime, assassinando-os friamente. Contando com a ajuda do policial encarregado do caso (Brian Cox, ótimo como sempre) e com o apoio da médica de sua filha (Lena Headey), ele tenta impedir-se de continuar a matança, enquanto investiga as circunstâncias do assassinato. A direção é fraca, a fotografia tenta ser modernosa e o roteiro é absolutamente incongruente - não há motivo nenhum, por exemplo, em dar uma doença degenerativa à filha do protagonista. É uma completa perda de tempo.
OS GAROTOS ESTÃO DE VOLTA
Clive Owen é um ótimo ator, sem sombra de dúvida, e é a razão principal de ser desta adaptação da autobiografia do repórter esportivo Joe Carr, dirigida por Scott Hicks (indicado ao Oscar pelo longínquo "Shine", de 1996). Owen, também produtor executivo do filme, interpreta o autor do livro, um jornalista inglês que, após a morte da segunda mulher, é obrigado a cuidar do filho de oito anos de idade, mesmo sem ter a menor noção de como fazê-lo. Quando recebe a visita do filho mais velho, um pré-adolescente fruto de seu primeiro casamento, as coisas ficam ainda mais complicadas, porque ele precisa lidar com os dois filhos, o emprego e as brigas com a sogra, além de um relacionamento hesitante com a mãe de uma das colegas de aula do caçula. A direção de Hicks é sensível, Owen convence e a trilha sonora casa perfeitamente com as belas imagens, mas o fraco desempenho do menino Nicholas McAnulty compromete parte do resultado final. É um filme que não fará feio nos Supercine da vida, mas que poderia ser bem melhor. O fato de praticamente passar em branco nas cerimônias importantes de premiação já é uma pista de que não é exatamente bom, apesar de não ser ruim. Clive Owen vale a locação.
ROBIN HOOD
Mais do mesmo. A reunião da dupla Ridley Scott/Russell Crowe não passa nem perto do superespetáculo de "Gladiador", nem em termos artísticos nem em números. Fracasso de bilheteria nos EUA - nem conseguiu se pagar no mercado doméstico - é um filme bem feito, bem cuidado, bem interpretado, mas também já visto dezenas de vezes desde que Maximus Decimus Meridius chegou às telas em 2000. Talvez Crowe seja velho demais para o papel, e não há como negar que, a despeito da produção caprichada, essa nova versão de "Robin Hood" deixa muito a desejar. As cenas de batalha não são exatamente empolgantes, a trama soa confusa em alguns momentos e nem mesmo Cate Blanchett tem chances de brilhar. Uma ótima sessão da tarde, mas facilmente esquecível, o que é pena de morte para qualquer aspirante a clássico. Podia ser pior, mas também podia ser melhor.
Mais cinema em www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com e www.cinematotal.com.br
INSTINTO DE VINGANÇA
Ridley Scott e seu irmão Tony produziram esse suspense sem muito sentido, estrelado por um Josh Lucas tentando provar-se ator sério. Ele interpreta Terry Bernard, um homem que, cinco meses após um transplante de coração, passa a ter uma série de visões relacionadas à morte violenta de seu doador. Sem conseguir controlar-se, ele inicia uma espécie de vingança contra os envolvidos no crime, assassinando-os friamente. Contando com a ajuda do policial encarregado do caso (Brian Cox, ótimo como sempre) e com o apoio da médica de sua filha (Lena Headey), ele tenta impedir-se de continuar a matança, enquanto investiga as circunstâncias do assassinato. A direção é fraca, a fotografia tenta ser modernosa e o roteiro é absolutamente incongruente - não há motivo nenhum, por exemplo, em dar uma doença degenerativa à filha do protagonista. É uma completa perda de tempo.
OS GAROTOS ESTÃO DE VOLTA
Clive Owen é um ótimo ator, sem sombra de dúvida, e é a razão principal de ser desta adaptação da autobiografia do repórter esportivo Joe Carr, dirigida por Scott Hicks (indicado ao Oscar pelo longínquo "Shine", de 1996). Owen, também produtor executivo do filme, interpreta o autor do livro, um jornalista inglês que, após a morte da segunda mulher, é obrigado a cuidar do filho de oito anos de idade, mesmo sem ter a menor noção de como fazê-lo. Quando recebe a visita do filho mais velho, um pré-adolescente fruto de seu primeiro casamento, as coisas ficam ainda mais complicadas, porque ele precisa lidar com os dois filhos, o emprego e as brigas com a sogra, além de um relacionamento hesitante com a mãe de uma das colegas de aula do caçula. A direção de Hicks é sensível, Owen convence e a trilha sonora casa perfeitamente com as belas imagens, mas o fraco desempenho do menino Nicholas McAnulty compromete parte do resultado final. É um filme que não fará feio nos Supercine da vida, mas que poderia ser bem melhor. O fato de praticamente passar em branco nas cerimônias importantes de premiação já é uma pista de que não é exatamente bom, apesar de não ser ruim. Clive Owen vale a locação.
ROBIN HOOD
Mais do mesmo. A reunião da dupla Ridley Scott/Russell Crowe não passa nem perto do superespetáculo de "Gladiador", nem em termos artísticos nem em números. Fracasso de bilheteria nos EUA - nem conseguiu se pagar no mercado doméstico - é um filme bem feito, bem cuidado, bem interpretado, mas também já visto dezenas de vezes desde que Maximus Decimus Meridius chegou às telas em 2000. Talvez Crowe seja velho demais para o papel, e não há como negar que, a despeito da produção caprichada, essa nova versão de "Robin Hood" deixa muito a desejar. As cenas de batalha não são exatamente empolgantes, a trama soa confusa em alguns momentos e nem mesmo Cate Blanchett tem chances de brilhar. Uma ótima sessão da tarde, mas facilmente esquecível, o que é pena de morte para qualquer aspirante a clássico. Podia ser pior, mas também podia ser melhor.
Mais cinema em www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com e www.cinematotal.com.br