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O PREÇO DA TRAIÇÃO

Posted by Clenio on 16:32 in
É fato sabido e comprovado que americanos não gostam de filmes legendados, o que acaba fazendo com que bem-sucedidos trabalhos em língua não-inglesa definhem nas bilheterias dos EUA. Uma das maneiras com que Hollywood lida com essa situação é refazendo esses filmes, muitas vezes com o mesmo diretor mas com rostos mais conhecidos estampando os cartazes. Uma das vítimas desse crime é "Nathalie X", um drama erótico francês dirigido por Anne Fontaine e estrelado pelos excepcionais Fanny Ardant, Emmanuelle Bèart e Gerard Depardieu, que foi transformado em "O preço da traição" e chegou às telas sob a competente direção de Atom Egoyan - o inteligente condutor de filmes sensacionais como "O doce amanhã". Se não chega a estragar o produto original, que não era tão bom quanto seu elenco promete, a versão hollywoodiana do filme também não é tudo que poderia.

A premissa é intrigante: a bem-sucedida ginecologista Catherine Stewart (Julianne Moore), desconfiada que o marido David (Liam Neeson), um professor de música, lhe é infiel, contrata uma garota de programa de luxo, a bela Chloe (Amanda Seyfried), para dar em cima dele e lhe fazer relatórios a respeito de suas reações. O perigoso jogo de Catherine avança conforme também anda o flerte entre Chloe e David: ao ouvir da jovem prostituta que seu marido cedeu a suas investidas, ela passa a querer saber detalhes sórdidos de seus momentos juntos, a ponto de tornar-se obcecada. Tudo fica ainda mais incontrolável quando Chloe passa a demonstrar sinais de que também está interessada na própria Catherine e em seu filho adolescente.

Na verdade, "O preço da traição" não se decide entre o drama psicologicamente sufocante a respeito de obsessão, repressão sexual e solidão de sua primeira parte ou o suspense um tanto xinfrim de sua reta final. Egoyam é um excelente diretor de atores e tem um elegante senso estético - tudo que ele fotografa é extremamente sofisticado, bem iluminado e serve à frieza que emana das personagens. Mas aqui, mesmo contando com o trabalho impecável de Julianne Moore, a entrega de Liam Neeson (que perdeu a esposa durante as filmagens) e um surpreendente Amanda Seyfried, ele parece não ter chegado a uma conclusão sobre as personagens e sua história, que acaba de forma tão superficial quanto à vida de seus protagonistas, que ele aparentemente queria criticar. Ainda assim, é um filme a ser conhecido.

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4 Comments


Eu gostei da versão americana, pelo fato de conter a gloriosa Julianne. Mas, prefiro infinitamente a versão francesa, é bacana notar o jogo de sedução entre as duas em cena, na versão americana o jogo avançou demais, ficou estranho.

Mas gosto dos dois viu, hahaha

Abs.


Estou em dúvida sobre esse filme. Li alguns comentários bons e outros ruins. Estou dividido.


O elenco feminino das duas versões é algo excitante em beleza e em intrepretação
!
hehe
...


Tenho-o no PC, mas ainda não tive tento de conferí-lo.

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