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DEMÔNIO
Posted by Clenio
on
23:02
in
CINEMA
Depois que virou praticamente piada em Hollywood graças a filmes como "Fim dos tempos" e "O último mestre do ar", o cineasta M. Night Shyamalan precisa urgentemente se reinventar. Enquanto seu público fiel espera seu renascimento comercial e artístico, ele segue uma carreira de produtor. Um de seus filmes nessa função é justamente este "Demônio", que fez um sucesso bastante razoável nos EUA: ao custo de apenas 10 milhões de dólares, ele recuperou o orçamento em seu fim-de-semana de estreia e já contabiliza uma bilheteria de mais 30 milhões. Primeira parte de uma planejada trilogia chamada "The night chronicles" - que pretende utilizar elementos sobrenaturais dentro de perímetros urbanos - o filme de John Erick Dowdle (diretor do remake americano de "[REC]") é interessante o bastante para justificar seu êxito e fazer o público aguardar as novas estreias da série.
A história de "Demônio" lembra um pouco as tramas de Stephen King e se beneficia de não apelar para efeitos visuais, monstros ou maquiagem exagerada. O protagonista é Bowden (o ótimo Chris Messina, de "Julie & Julia"), um policial da Filadélfia que tenta recuperar-se da trágica morte da família em um acidente de carro, cinco anos antes. Enquanto investiga um suicídio em um luxuoso prédio comercial da cidade, ele é chamado com urgência para ajudar no resgate de cinco pessoas que ficaram presas em um elevador do mesmo edifício. Enquanto não conseguem ser resgatadas, as cinco pessoas tem que lidar com estranhos acontecimentos dentro do elevador. Um mecânico, uma senhora de idade, um segurança terceirizado, um executivo e uma bela e requintada jovem começam a morrer misteriosa e violentamente, praticamente frente às câmeras de segurança e um dos guardas do prédio, fervorosamente religioso, é o único com uma explicação para os acontecimentos: segundo ele, um dos cinco presos no elevador é o demônio disfarçado, que veio à Terra para buscar os demais.
Sem exigir mais do seu público do que simplesmente atenção e um pouco de credulidade, o roteiro enxuto de Brian Nelson utiliza todos os clichês do gênero a seu favor - algo que Shyamalan faz como poucos. O uso da cor vermelha, característica sua, se faz presente em elementos visuais das personagens, e o uso inteligente do som também colabora na tensão, nunca exagerada e usada na medida certa. E contar com Chris Messina no elenco não atrapalha em nada, muito pelo contrário: é Messina quem transmite humanidade ao filme, em uma interpretação que não lhe ajudará em cerimônias de premiação, mas que comprova o seu status de promessa (e currículo ele tem: além de "Julie & Julia", ele fez parte da última temporada da inesquecível "A sete palmos" e trabalhou com Woody Allen em "Vicky Cristina Barcelona").
"Demônio" não irá mudar o rumo que o gênero suspense vem seguindo há um bom tempo. Mas cumpre o que promete e poupa o espectador de um final constrangedor - coisa que muitos de seus congêneres vem fazendo. É um bom programa para quem quer experimentar um pouco de tensão.
Mais cinema em www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com e www.cinematotal.com.br
A história de "Demônio" lembra um pouco as tramas de Stephen King e se beneficia de não apelar para efeitos visuais, monstros ou maquiagem exagerada. O protagonista é Bowden (o ótimo Chris Messina, de "Julie & Julia"), um policial da Filadélfia que tenta recuperar-se da trágica morte da família em um acidente de carro, cinco anos antes. Enquanto investiga um suicídio em um luxuoso prédio comercial da cidade, ele é chamado com urgência para ajudar no resgate de cinco pessoas que ficaram presas em um elevador do mesmo edifício. Enquanto não conseguem ser resgatadas, as cinco pessoas tem que lidar com estranhos acontecimentos dentro do elevador. Um mecânico, uma senhora de idade, um segurança terceirizado, um executivo e uma bela e requintada jovem começam a morrer misteriosa e violentamente, praticamente frente às câmeras de segurança e um dos guardas do prédio, fervorosamente religioso, é o único com uma explicação para os acontecimentos: segundo ele, um dos cinco presos no elevador é o demônio disfarçado, que veio à Terra para buscar os demais.
Sem exigir mais do seu público do que simplesmente atenção e um pouco de credulidade, o roteiro enxuto de Brian Nelson utiliza todos os clichês do gênero a seu favor - algo que Shyamalan faz como poucos. O uso da cor vermelha, característica sua, se faz presente em elementos visuais das personagens, e o uso inteligente do som também colabora na tensão, nunca exagerada e usada na medida certa. E contar com Chris Messina no elenco não atrapalha em nada, muito pelo contrário: é Messina quem transmite humanidade ao filme, em uma interpretação que não lhe ajudará em cerimônias de premiação, mas que comprova o seu status de promessa (e currículo ele tem: além de "Julie & Julia", ele fez parte da última temporada da inesquecível "A sete palmos" e trabalhou com Woody Allen em "Vicky Cristina Barcelona").
"Demônio" não irá mudar o rumo que o gênero suspense vem seguindo há um bom tempo. Mas cumpre o que promete e poupa o espectador de um final constrangedor - coisa que muitos de seus congêneres vem fazendo. É um bom programa para quem quer experimentar um pouco de tensão.
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