AS COISAS IMPOSSÍVEIS DO AMOR
Linda como sempre, Portman vive Emilia Greenleaf, uma jovem casada com um advogado mais velho (Scott Cohen, apático), que precisa lidar com os problemas relativos a um segundo casamento: a ex-esposa do marido, Carolyn (Lisa Kudrow, sempre eficiente, mesmo em papéis dramáticos) e o filho deste, o pequeno William (Charlie Tahan), não exatamente simpático e acessível a seus carinhos. Além dos desaforos de Carolyn - que compreensivelmente não simpatiza muito com a mulher que lhe roubou o marido - Emilia ainda precisa conviver com o sentimento de ter perdido a filha recém-nascida.
Não existe, em "As coisas impossíveis do amor" (título, aliás, completamente idiota), o humor sardônico de "O oposto do sexo", por exemplo, e a delicadeza de "De caso com o acaso". Roos construiu um filme lento, de emoções contidas e culpas mal assimiladas, mas peca em nunca defender de forma adequada sua protagonista. Emilia é uma pessoa falível, com defeitos e qualidades, mas o roteiro não se esforça em provocar a empatia da audiência com seus problemas. Prejudicada pela falta de entusiasmo de seu parceiro de cena Scott Cohen, Portman tem trabalho dobrado em tentar carregar tudo nas costas, mas o faz com a classe e o talento usuais. Quem gosta de um drama pode gostar do resultado final, mas é Natalie quem justifica uma espiada no filme.
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