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HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - PARTE 2
Posted by Clenio
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CINEMA 2011
Mais de dez anos separam as estreias de "Harry Potter e a Pedra Filosofal" e "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2". Sendo assim, as adaptações da série literária criada pela inglesa J. K. Rowling são mais do que simplesmente produtos cinematográficos: são companheiros de toda uma geração, que criou-se acompanhando, primeiro nos livros e posteriormente na telona, as aventuras de um bruxinho de bom coração que precisa lidar com seu talento para a magia e com as ameaças de um vilão cruel e assustador. Logicamente os fãs devem estar inconsoláveis com o final da saga, mas em compensação eles podem se gabar de algo que é bastante raro nesse árido deserto de ideias que é Hollywood: seus filmes foram melhorando com o tempo e seu capítulo final é, sem dúvida, um filme de orgulhar até o mais cético dos leitores.
A ideia da Warner Bros de dividir o último livro em dois filmes soou, a príncipio, uma forma de explorar até o final a galinha dos ovos de ouro do estúdio. Quem assistiu aos dois filmes, porém, foi obrigado a dar a mão a palmatória. Da forma que está, separado em dois capítulos, "As relíquias da morte" é o perfeito exemplo de adaptação que respeita os convertidos e não esnoba os espectadores eventuais: é filmado com cuidado, tem uma técnica de cair o queixo, uma trilha sonora impecável e, mais do que tudo, um elenco afinado e que mergulha na fantasia sem medo de parecer ridículo. Ao lado dos ótimos e fiéis Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, estão atores do porte de Alan Rickman, Julie Walters, Gary Oldman, Emma Thompson, Helena Bonham-Carter e Michael Gambon. Em nenhum momento eles se comportam como se estivessem em um blockbuster raso: em cena, eles estão tão à vontade quanto em um palco britânico declamando Shakespeare. E é essa seriedade, essa entrega, essa verdade que fazem de "As relíquias da morte" o filmaço que é.
Para quem não sabe, é nesse filme que Harry Potter finalmente tem seu embate final com seu nêmesis, o Lord Voldemort (em uma assustadora e antológica atuação de Ralph Fiennes) - e, como seus fãs cresceram como ele, o diretor David Yates não tem medo de apelar para criaturas apavorantes, cenas violentas e efeitos visuais de arrepiar. Foi-se o tempo em que Potter e seus colegas corriam risco apenas nas partidas de quadribol: agora é a morte que está à espreita (e filmada como foi, é realmente empolgante substituir jogos inocentes por duelos fatais). Podem até reclamar que o filme poderia ter sido um só, mas ver Harry Potter no cinema é um prazer tão ingênuo e divertido que certamente todos os espectadores que já deixaram mais de um bilhão de dólares nas bilheterias desde sua estreia poderiam tranquilamente aguentar terceira, quarta e quinta partes...
A ideia da Warner Bros de dividir o último livro em dois filmes soou, a príncipio, uma forma de explorar até o final a galinha dos ovos de ouro do estúdio. Quem assistiu aos dois filmes, porém, foi obrigado a dar a mão a palmatória. Da forma que está, separado em dois capítulos, "As relíquias da morte" é o perfeito exemplo de adaptação que respeita os convertidos e não esnoba os espectadores eventuais: é filmado com cuidado, tem uma técnica de cair o queixo, uma trilha sonora impecável e, mais do que tudo, um elenco afinado e que mergulha na fantasia sem medo de parecer ridículo. Ao lado dos ótimos e fiéis Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, estão atores do porte de Alan Rickman, Julie Walters, Gary Oldman, Emma Thompson, Helena Bonham-Carter e Michael Gambon. Em nenhum momento eles se comportam como se estivessem em um blockbuster raso: em cena, eles estão tão à vontade quanto em um palco britânico declamando Shakespeare. E é essa seriedade, essa entrega, essa verdade que fazem de "As relíquias da morte" o filmaço que é.
Para quem não sabe, é nesse filme que Harry Potter finalmente tem seu embate final com seu nêmesis, o Lord Voldemort (em uma assustadora e antológica atuação de Ralph Fiennes) - e, como seus fãs cresceram como ele, o diretor David Yates não tem medo de apelar para criaturas apavorantes, cenas violentas e efeitos visuais de arrepiar. Foi-se o tempo em que Potter e seus colegas corriam risco apenas nas partidas de quadribol: agora é a morte que está à espreita (e filmada como foi, é realmente empolgante substituir jogos inocentes por duelos fatais). Podem até reclamar que o filme poderia ter sido um só, mas ver Harry Potter no cinema é um prazer tão ingênuo e divertido que certamente todos os espectadores que já deixaram mais de um bilhão de dólares nas bilheterias desde sua estreia poderiam tranquilamente aguentar terceira, quarta e quinta partes...