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O CASAMENTO DO MEU EX
Posted by Clenio
on
22:34
in
CINEMA 2011
Ok, tudo bem que todo mundo adora jogar pedras em comédias românticas, acusando-as de serem umas iguais às outras, sem criatividade e sem mudar nem mesmo os elencos. Mas nem isso justifica que um filme como "O casamento do meu ex" seja feito. Talvez com o objetivo de dar mais densidade a um gênero tão criticado, a diretora/roteirista/produtora Galt Niederhoffer optou por polir sua trama com um falso verniz intelectualóide, como se citar John Keats fosse o bastante para disfarçar um roteiro incongruente e gratuito. Também autora do romance que deu origem ao filme, Niederhoffer tencionou entregar ao público um drama geracional, mas só o que consegue é provocar bocejos.
A trama nem é tão original quanto deveria: um grupo de amigos de faculdade se reúne para celebrar o casamento da delicada Lila (a insuportável Anna Paquin). Uma das madrinhas do casamento é sua melhor amiga, Laura (Katie Holmes), que tem suas próprias razões para não estar nada empolgada com a cerimônia: ela ainda é apaixonada pelo noivo, o charmoso Tom (Josh Duhamel), com quem manteve um caloroso romance que acabou de forma abrupta. Enquanto o noivo tenta tomar coragem em levar adiante sua decisão e Laura força seus sentimentos para não ofender a amiga, os demais convidados fazem um balanço de suas vidas até então e uma troca de casais começa a insinuar-se.
O maior problema de "O casamento do meu ex" (cujo título nacional força a semelhança com outras bobagens ao menos mais divertidas) é a absoluta falta de sentido de seu roteiro. Os personagens criados por Niederhoffer não tem carisma e suas atitudes são imaturas e não dão espaço para maiores discussões ou interesse. A "troca de casais" sugerida pela trama - que acontece apenas pela metade - é gratuita e deslocada e até mesmo o triângulo amoroso central é sofrível. Katie Holmes substituiu Liv Tyler (e assumiu um papel de produtora executiva) mas não consegue convencer como atriz dramática. Josh Duhamel se esforça mas funciona melhor como o galã bobalhão de filmes menos ambiciosos como "Juntos pelo acaso". E Anna Paquin consegue ser irritante mesmo quando está em silêncio nas cenas. Seu trabalho é tão fraco e sua personagem tão chata que fica difícil imaginar o que alguém como Tom poderia querer casando-se com ela, e isso fragiliza toda a estrutura da trama central.
Resumindo, "O casamento do meu ex" é a prova cabal de que comédias românticas previsíveis, ainda que não acrescentem nada à história do cinema, ao menos divertem sua audiência cativa. O drama raso proposto por Gail Niederhoffer só serve para provocar sono no público. Tentar ser eruditoe profundo sem o ser chega a ser vergonhoso.
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www.confrariadecinema.com.br
www.cinematotal.com.br
A trama nem é tão original quanto deveria: um grupo de amigos de faculdade se reúne para celebrar o casamento da delicada Lila (a insuportável Anna Paquin). Uma das madrinhas do casamento é sua melhor amiga, Laura (Katie Holmes), que tem suas próprias razões para não estar nada empolgada com a cerimônia: ela ainda é apaixonada pelo noivo, o charmoso Tom (Josh Duhamel), com quem manteve um caloroso romance que acabou de forma abrupta. Enquanto o noivo tenta tomar coragem em levar adiante sua decisão e Laura força seus sentimentos para não ofender a amiga, os demais convidados fazem um balanço de suas vidas até então e uma troca de casais começa a insinuar-se.
O maior problema de "O casamento do meu ex" (cujo título nacional força a semelhança com outras bobagens ao menos mais divertidas) é a absoluta falta de sentido de seu roteiro. Os personagens criados por Niederhoffer não tem carisma e suas atitudes são imaturas e não dão espaço para maiores discussões ou interesse. A "troca de casais" sugerida pela trama - que acontece apenas pela metade - é gratuita e deslocada e até mesmo o triângulo amoroso central é sofrível. Katie Holmes substituiu Liv Tyler (e assumiu um papel de produtora executiva) mas não consegue convencer como atriz dramática. Josh Duhamel se esforça mas funciona melhor como o galã bobalhão de filmes menos ambiciosos como "Juntos pelo acaso". E Anna Paquin consegue ser irritante mesmo quando está em silêncio nas cenas. Seu trabalho é tão fraco e sua personagem tão chata que fica difícil imaginar o que alguém como Tom poderia querer casando-se com ela, e isso fragiliza toda a estrutura da trama central.
Resumindo, "O casamento do meu ex" é a prova cabal de que comédias românticas previsíveis, ainda que não acrescentem nada à história do cinema, ao menos divertem sua audiência cativa. O drama raso proposto por Gail Niederhoffer só serve para provocar sono no público. Tentar ser eruditoe profundo sem o ser chega a ser vergonhoso.
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