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A ESCOLHA PERFEITA
Posted by Clenio
on
11:34
in
CINEMA 2012
Sabe aquela tarde chuvosa em que só dá vontade de assistir a um filme bem boboca pra relaxar e ficar de bem com a vida? Pois é justamente para dias assim que foi feito "A escolha perfeita", uma deliciosa comédia musical que, quase do nada, tornou-se um grande sucesso de bilheteria nos EUA, arrecadando mais de 60 milhões de dólares contra um orçamento relativamente baixo de apenas 17 milhões. Lembrando em vários momentos da bem-sucedida série de TV "Glee", o filme do estreante Jason Moore - que comandou episódios de "Dawson's Creek" e "Brothers and sisters", entre outros seriados - é engraçado, leve e não tem medo de abraçar velhos clichês do gênero "filme de faculdade", transformando-os em trunfos ao invés de deixá-los se tornarem problemas.
Escrito por Kay Cannon, roteirista de "30 rock" - o que já dá uma pequena ideia do tipo de humor do filme - e baseado em um livro do jornalista Mickey Rapkin (que acompanhou uma disputa semelhante a que acontece na trama), "A escolha perfeita" une uma trilha sonora antenada e alto-astral a um elenco afiado e diálogos ácidos, que o distingue tanto de seu irmão televisivo quanto da maioria das produções musicais que vem chegando às telas com frequência desde que "Moulin Rouge" revitalizou o gênero. Mas que não se espere um musical tradicional, daqueles em que as personagens começam a cantar do nada. Em "A escolha perfeita" a música é mais uma protagonista do que um acompanhamento.
Quem lidera o elenco é a ótima Anna Kendrick - que equilibra no currículo a sofrível saga "Crepúsculo" e uma merecida indicação ao Oscar de coadjuvante por "Amor sem escalas". Ela vive Beca, uma aspirante a DJ que entra na universidade com o objetivo único de agradar ao pai, professor de Literatura Comparada. Assim que chega - e arruma um trabalho como assistente da rádio local - ela acaba indo parar em um grupo de alunas que tem por missão vencer o concurso nacional de música a capella depois de um vexame no ano anterior. Ao lado das patricinhas Chloe (Brittany Snow) e Aubrey (Anna Camp) e de várias outras colegas menos favorecidas fisicamente, Beca tenta transformar o repertório rígido do grupo em algo mais empolgante e acaba se envolvendo com Jesse (Skylar Astin), que faz parte do grupo rival - o que é terminantemente proibido pelas regras impostas por suas líderes.
Mesmo que nem ao menos tente aprofundar suas personagens - em especial as coadjuvantes, que tem como função quase única divertir o espectador com diálogos inteligentes e sarcásticos - o roteiro de Cannon tem a seu favor o perfeito equilíbrio entre música e humor, entre o moderno e o nostálgico (representado pela bela homenagem ao já clássico "Clube dos cinco", de John Hughes). Funciona em todos os níveis a que se propõe, entretendo sem exigir mais de seu público do que o desejo de duas horas de diversão. Perfeito para uma tarde chuvosa ou para escapar do calor em uma sala com ar-condicionado.
Escrito por Kay Cannon, roteirista de "30 rock" - o que já dá uma pequena ideia do tipo de humor do filme - e baseado em um livro do jornalista Mickey Rapkin (que acompanhou uma disputa semelhante a que acontece na trama), "A escolha perfeita" une uma trilha sonora antenada e alto-astral a um elenco afiado e diálogos ácidos, que o distingue tanto de seu irmão televisivo quanto da maioria das produções musicais que vem chegando às telas com frequência desde que "Moulin Rouge" revitalizou o gênero. Mas que não se espere um musical tradicional, daqueles em que as personagens começam a cantar do nada. Em "A escolha perfeita" a música é mais uma protagonista do que um acompanhamento.
Quem lidera o elenco é a ótima Anna Kendrick - que equilibra no currículo a sofrível saga "Crepúsculo" e uma merecida indicação ao Oscar de coadjuvante por "Amor sem escalas". Ela vive Beca, uma aspirante a DJ que entra na universidade com o objetivo único de agradar ao pai, professor de Literatura Comparada. Assim que chega - e arruma um trabalho como assistente da rádio local - ela acaba indo parar em um grupo de alunas que tem por missão vencer o concurso nacional de música a capella depois de um vexame no ano anterior. Ao lado das patricinhas Chloe (Brittany Snow) e Aubrey (Anna Camp) e de várias outras colegas menos favorecidas fisicamente, Beca tenta transformar o repertório rígido do grupo em algo mais empolgante e acaba se envolvendo com Jesse (Skylar Astin), que faz parte do grupo rival - o que é terminantemente proibido pelas regras impostas por suas líderes.
Mesmo que nem ao menos tente aprofundar suas personagens - em especial as coadjuvantes, que tem como função quase única divertir o espectador com diálogos inteligentes e sarcásticos - o roteiro de Cannon tem a seu favor o perfeito equilíbrio entre música e humor, entre o moderno e o nostálgico (representado pela bela homenagem ao já clássico "Clube dos cinco", de John Hughes). Funciona em todos os níveis a que se propõe, entretendo sem exigir mais de seu público do que o desejo de duas horas de diversão. Perfeito para uma tarde chuvosa ou para escapar do calor em uma sala com ar-condicionado.