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JOGOS VORAZES - EM CHAMAS
Posted by Clenio
on
16:30
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CINEMA 2014
Já está virando meio tradição dentro da indústria hollywoodiana: talvez por não precisar apresentar seus personagens e poder partir direto pra ação, talvez porque seus criadores sabem que a exigência do público aumenta ou talvez porque existe uma maior familiaridade com o material, os segundos capítulos da maioria das franquias cinematográficas contemporâneas conseguem ser melhor que o original. Foi assim com o "Homem-aranha 2" de Sam Raimi, com o "Batman, o cavaleiro das trevas", de Christopher Nolan e com "X-Men 2", de Bryan Singer. E é assim com "Jogos vorazes, em chamas", continuação do mega bem-sucedido filme de 2012 , baseado na trilogia escrita por Suzanne Collins. Agora sob a batuta de Francis Lawrence - cujo currículo inclui o interessante "Constantine" e a adaptação de "Eu sou a lenda" com Will Smith - a história de Katniss Everdeen em sua luta pela sobrevivência em um jogo de vida ou morte cada vez mais violento (e com intenções sociopolíticas nada justas) se t
Conforme dito acima, "Em chamas" tem a vantagem de não precisar perde tempo explicando sua trama e apresentando seus personagens - e para isso é crucial que a audiência já tenha assistido ao primeiro capítulo. Quando o filme começa, com eventos que acontecem um ano após o término do filme original, Katniss (Jennifer Lawrence, a nova queridinha de Hollywood) e seu parceiro Peeta Mellark (Josh Hutcherson), vencedores da 74ª edição dos jogos do título, começam uma turnê para todos os distritos, como forma de aproximar-se da população e dar credibilidade ao governo. Porém, ao perceber a desilusão do povo em relação os problemas sociais que os cercam, o casal (forjado para vencer os jogos) passa a questionar a liderança do Presidente Snow (Donald Sutherland). Temendo uma revolução, o presidente cria uma nova regra, que obriga todos os vencedores prévios a lutar novamente - sua intenção é acabar com a vida de Katniss, impedindo assim um levante popular.
Sob a forma de um filme de ação direcionado ao público infanto-juvenil - o que explica a violência apenas moderada considerando as possibilidades da trama - Lawrence aproveita a história de Suzanne Collins para, exatamente como aconteceu no primeiro, discutir temas de relevância, como desigualdade social, fascismo e manipulação por parte da mídia. Logicamente, por tratar-se de uma produção cujo público-alvo não esteja exatamente disposto a querelas políticas, o subtema é tratado apenas superficialmente (ainda que seja bastante claro para qualquer pessoa minimamente esclarecida), como pano de fundo para uma obra que oferece exatamente aquilo que sua plateia deseja: cenas de ação bem realizadas, um triângulo amoroso eficiente, personagens cativantes (interpretados por atores de qualidade inquestionável, como Philip Seymour Hoffman e Jeffrey Right) e um ritmo incapaz de cansar, apesar dos longos 146 minutos de projeção. Somadas a um criativo visual - refletido no figurino irreverente de Trish Summerville - e um roteiro redondinho - co-escrito por Simon Beaufoy, vencedor do Oscar por "Quem quer ser um milionário?" - essas qualidades fazem com que o único problema do filme seja justamente ter que esperar até o fim do ano pelo próximo capítulo - que, segundo mais uma nova tradição imposta pela busca por lucros, será dividido em dois filmes.
Conforme dito acima, "Em chamas" tem a vantagem de não precisar perde tempo explicando sua trama e apresentando seus personagens - e para isso é crucial que a audiência já tenha assistido ao primeiro capítulo. Quando o filme começa, com eventos que acontecem um ano após o término do filme original, Katniss (Jennifer Lawrence, a nova queridinha de Hollywood) e seu parceiro Peeta Mellark (Josh Hutcherson), vencedores da 74ª edição dos jogos do título, começam uma turnê para todos os distritos, como forma de aproximar-se da população e dar credibilidade ao governo. Porém, ao perceber a desilusão do povo em relação os problemas sociais que os cercam, o casal (forjado para vencer os jogos) passa a questionar a liderança do Presidente Snow (Donald Sutherland). Temendo uma revolução, o presidente cria uma nova regra, que obriga todos os vencedores prévios a lutar novamente - sua intenção é acabar com a vida de Katniss, impedindo assim um levante popular.
Sob a forma de um filme de ação direcionado ao público infanto-juvenil - o que explica a violência apenas moderada considerando as possibilidades da trama - Lawrence aproveita a história de Suzanne Collins para, exatamente como aconteceu no primeiro, discutir temas de relevância, como desigualdade social, fascismo e manipulação por parte da mídia. Logicamente, por tratar-se de uma produção cujo público-alvo não esteja exatamente disposto a querelas políticas, o subtema é tratado apenas superficialmente (ainda que seja bastante claro para qualquer pessoa minimamente esclarecida), como pano de fundo para uma obra que oferece exatamente aquilo que sua plateia deseja: cenas de ação bem realizadas, um triângulo amoroso eficiente, personagens cativantes (interpretados por atores de qualidade inquestionável, como Philip Seymour Hoffman e Jeffrey Right) e um ritmo incapaz de cansar, apesar dos longos 146 minutos de projeção. Somadas a um criativo visual - refletido no figurino irreverente de Trish Summerville - e um roteiro redondinho - co-escrito por Simon Beaufoy, vencedor do Oscar por "Quem quer ser um milionário?" - essas qualidades fazem com que o único problema do filme seja justamente ter que esperar até o fim do ano pelo próximo capítulo - que, segundo mais uma nova tradição imposta pela busca por lucros, será dividido em dois filmes.