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A CONDENAÇÃO
Posted by Clenio
on
20:29
in
CINEMA 2011
Baseado em uma história real, acontecida no Massachussets, o drama "A condenação" não apenas falhou em dar uma bem-vinda indicação ao Oscar para sua protagonista (e produtora executiva) Hilary Swank mas também causou a ela boas dores de cabeça. Indignados com o fato de não terem sido sequer consultados a respeito da transição para o cinema da história do crime que vitimou a garçonete Katheryn Brow, seus filhos criticaram publicamente a postura da atriz e dos envolvidos com o projeto. Nem mesmo o argumento - comprovado por quem assiste ao filme - de que o foco da narrativa não é o crime em si abrandou a situação e o resultado foi uma recepção apenas morna a um filme que merecia sorte melhor.
Dirigido por Tony Goldwin - o vilão de "Ghost, do outro lado da vida" se saindo surpreendentemente bem na nova carreira - "A condenação" começa em 1980, quando o simpático mas encrenqueiro Kenny Waters (Sam Rockwell) é preso, acusado do violento assassinato de uma conhecida. Condenado à prisão perpétua devido às provas circunstanciais e alguns testemunhos contundentes, ele deixa sua irmã Betty Anne (Hilary Swank) desesperada. Decidida a tirar o irmão da cadeia, ela começa a faculdade de Direito, negligenciando até mesmo seus deveres de esposa e mãe. Dezoito anos depois do julgamento, ela se une ao advogado Barry Scheck (Peter Gallagher) - representante de uma ONG que tenta reparar erros judiciários - e tenta provar a inocência de Kenny através do DNA das amostras de sangue do assassino, recolhidas no local do homicídio.
Mesmo que o final da história seja conhecida - foi tema de um episódio famoso do programa "60 Minutes" - o roteiro de Pamela Gray consegue manter o interesse do público até seu final, um tanto anti-climático mas coerente com o estilo correto e quase burocrático da direção de Goldwin. Confiando na força da história que está contando, ele não se preocupa em fazer malabarismos com a câmera, frequentemente uma observadora passiva dos dramas de Betty Anne em seu caminho para fazer justiça. A maneira quase formal com que comanda seu filme combina com seu gênero, mas não há como negar que existe uma queda de ritmo na segunda metade. Enquanto a primeira parte do filme intercala a luta de Betty Anne com cenas de sua infância ao lado do irmão protetor - sequências bonitas e interessantes - a reta final concentra-se em uma corrida contra o tempo bastante comum. Felizmente são nesses momentos que brilha seu elenco coadjuvante.
Se o trabalho de Hilary Swank está no nível de suas atuações premiadas - por "Meninos não choram" e "Menina de ouro" - ela conta com um apoio de ouro. Não apenas Sam Rockwell brilha como Kenny Waters, mas também existe espaço para que se destaquem Melissa Leo e Juliette Lewis. Melissa - premiada com o Oscar de coadjuvante este ano, por "O vencedor" - tem o papel pequeno mas crucial de Nancy Taylor, uma policial corrupta e mal-intencionada e Lewis, uma promessa não cumprida do início dos anos 90 aparece quase irreconhecível como Roseanna Perry, uma das testemunhas de acusação: suas rápidas aparições foram suficientes para que ela fosse laureada como Melhor Atriz Coadjuvante do ano pela Associação de Críticos de Boston.
Mesmo que não seja uma obra-prima, "A condenação" merece ser descoberto e apreciado pelo que ele é: um correto drama de tribunal com um belo elenco e boas intenções. A família de Katheryn Brow não deveria ter se preocupado.
Mais cinema em www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com
www.cinematotal.com.br
www.confrariadecinema.com.br
Dirigido por Tony Goldwin - o vilão de "Ghost, do outro lado da vida" se saindo surpreendentemente bem na nova carreira - "A condenação" começa em 1980, quando o simpático mas encrenqueiro Kenny Waters (Sam Rockwell) é preso, acusado do violento assassinato de uma conhecida. Condenado à prisão perpétua devido às provas circunstanciais e alguns testemunhos contundentes, ele deixa sua irmã Betty Anne (Hilary Swank) desesperada. Decidida a tirar o irmão da cadeia, ela começa a faculdade de Direito, negligenciando até mesmo seus deveres de esposa e mãe. Dezoito anos depois do julgamento, ela se une ao advogado Barry Scheck (Peter Gallagher) - representante de uma ONG que tenta reparar erros judiciários - e tenta provar a inocência de Kenny através do DNA das amostras de sangue do assassino, recolhidas no local do homicídio.
Mesmo que o final da história seja conhecida - foi tema de um episódio famoso do programa "60 Minutes" - o roteiro de Pamela Gray consegue manter o interesse do público até seu final, um tanto anti-climático mas coerente com o estilo correto e quase burocrático da direção de Goldwin. Confiando na força da história que está contando, ele não se preocupa em fazer malabarismos com a câmera, frequentemente uma observadora passiva dos dramas de Betty Anne em seu caminho para fazer justiça. A maneira quase formal com que comanda seu filme combina com seu gênero, mas não há como negar que existe uma queda de ritmo na segunda metade. Enquanto a primeira parte do filme intercala a luta de Betty Anne com cenas de sua infância ao lado do irmão protetor - sequências bonitas e interessantes - a reta final concentra-se em uma corrida contra o tempo bastante comum. Felizmente são nesses momentos que brilha seu elenco coadjuvante.
Se o trabalho de Hilary Swank está no nível de suas atuações premiadas - por "Meninos não choram" e "Menina de ouro" - ela conta com um apoio de ouro. Não apenas Sam Rockwell brilha como Kenny Waters, mas também existe espaço para que se destaquem Melissa Leo e Juliette Lewis. Melissa - premiada com o Oscar de coadjuvante este ano, por "O vencedor" - tem o papel pequeno mas crucial de Nancy Taylor, uma policial corrupta e mal-intencionada e Lewis, uma promessa não cumprida do início dos anos 90 aparece quase irreconhecível como Roseanna Perry, uma das testemunhas de acusação: suas rápidas aparições foram suficientes para que ela fosse laureada como Melhor Atriz Coadjuvante do ano pela Associação de Críticos de Boston.
Mesmo que não seja uma obra-prima, "A condenação" merece ser descoberto e apreciado pelo que ele é: um correto drama de tribunal com um belo elenco e boas intenções. A família de Katheryn Brow não deveria ter se preocupado.
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