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TOY STORY 3

Posted by Clenio on 00:50 in
Tudo bem, reconheço que não sou fã de desenhos animados. Por melhor que seja a animação - e não posso me furtar a admitir que ultimamente elas tem atingido um nível de qualidade e inteligência muito superiores a seus concorrentes em carne e osso - elas sempre me incomodam e me deixam impaciente. No entanto, resolvi conferir "Toy Story 3", que levou o Oscar de melhor animação este ano, além de ter concorrido também à estatueta principal - e, convenhamos, sua vitória seria mais justa do que dar o prêmio ao chatíssimo "O discurso do rei". O resultado foi o esperado: apesar de não ter me grudado na poltrona, o terceiro capítulo da saga do cowboy Woody e do astronauta Buzz Lightyear é engraça, comovente e tem um roteiro que dá de dez a zero em muitos filmes elogiados pela crítica. Quem foi criança um dia - e por criança eu não digo apenas em termos de idade, mas também de mentalidade - não tem como não se emocionar.

O filme começa quando Andy, o menininho do primeiro filme, está prestes a ir para a faculdade. Consequentemente, terá que desfazer-se de seus brinquedos de criança, o que inclui o cowboy, o astronauta e todos os carismáticos personagens dos dois primeiros capítulos (que assisti há tempos na companhia do meu sobrinho). Apavorados com a ideia de irem para o lixo, os brinquedos se surpreendem quando são mandados para uma creche. Sua felicidade dura pouco, no entanto: sofrendo nas mãos de crianças vândalas, eles precisam se unir para voltar à sua casa, enfrentando as sabotagens de um urso de pelúcia diabólico abandonado pela dona.

As piadas criadas pelos roteiristas são o que há de melhor em "Toy Story 3", que brinca com a identidade sexual do boneco Ken sem chocar a petizada (ainda seu maior público-alvo), retrata as crianças como pequenos monstros (com exceção da doce e encantadora Bonnie) e, de quebra faz referência às inocentes brincadeiras infantis (pobre dos seres sem imaginação...) Suas cenas finais são de enternecer e seu ritmo é invejável - as cenas de ação são realmente empolgantes e o humor é eficiente na medida certa. Não foi à toa que rendeu mais de 400 milhões de dólares somente no mercado americano.

"Toy Story 3" é o antídoto perfeito para aqueles que, como eu, tem uma certa resistência em perder duas horas vendo "filme de criança". Só mesmo um insensível total para não se deixar conquistar por sua inteligência, bom-humor e delicadeza.

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3 Comments


Eu que sou fã de animação, mas não sou fã dos primeiros Toy Story, me rendi a essa obra.
Lindo, comovente e emocionante.

Seu parágrafo final é perfeito. Esse desenho pode funcionar como antídoto.kkkk

abs


Em 1937 Walter Elias Disney provou que desenho animado é coisa de gente grande e, bom desenho animado, de gente talentosa como sua equipe. Ele ainda revolucionou com uma maneira de fazer negócios com isso: merchandising em produtos e os parques com o tema de seus longas.
Mas o ainda melhor é que deixou um legado: TOY STORY 3, como os demais da Pixar e os novos da Walt Disney Pictures, têm produtores, diretores e animadores que fizeram escola no estúdio eo tiveram como fonte de inspiração.
Chuck Jones colocou o departamento de animação da Warner em alta mas foi burro e morreu louco; Bill Hanna e Joe Barbera não exploraram seu estúdio em merchandising, o que lhes fizeram não ganhar fortunas e acabaram vendendo pra Warner (depois disso, cabe em poucos dedos a quantidade de desenhos tão bons quanto os dos anos 1960 a 1980).
Viva TOY STORY, viva a animação: viva a boa história!


eu adoro ver animação mas confesso que esse filme não me comoveu.

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