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JOGO DO PODER
Posted by Clenio
on
23:20
in
CINEMA 2011
Esqueça o Doug Liman de "A identidade Bourne". Em "Jogo do poder", novo filme do cineasta que redefiniu o cinema de ação com o primeiro filme protagonizado pela personagem criada pelo escritor Robert Ludlum, a adrenalina proveniente de perseguições automobilísticas inexiste. O mais perto de empolgar a plateia que Liman consegue é com a atuação sempre consistente de Sean Penn, em um papel que se aproxima bastante de sua real ideologia política contra o governo Bush. Baseado em uma história real - contada em dois livros escritos pelos protagonistas - o thriller político estrelado por Penn e Naomi Watts funciona apenas pela metade. E, por incrível que pareça, conquista mais quando se concentra em dramas pessoais do que quando versa sobre intrigas políticas.
A primeira parte do filme conta como funciona a rotina entre o casal Joe Wilson (interpretado por Penn, com aparência cansada, mas sempre um excelente ator) e Valerie Plame (Watts, pouco atraente, mas em mais uma ótima atuação). Ele é um embaixador aposentado que ajuda a esposa a cuidar dos filhos enquanto, vez ou outra, faz bicos em palestras e conferências. Ela é uma agente secreta da CIA, especialista em armas de destruição em massa. Quando o filme começa, logo após os atentados de 11 de setembro de 2001, Joe vai até a Nigéria investigar denúncias contra o Iraque, indicado ao governo pela esposa. Ao perceber que o governo mentiu à sua população - como forma de justificar a invasão ao país de Sadam Hussein - ele escreve um artigo contando a verdade. E, a partir daí, o filme se transforma: de um suspense político, vira um drama familiar - dos bons. Como retaliação aos escritos de Wilson, a verdadeira identidade de Valerie é revelada. Ela, que sempre escondeu de todos os amigos sua verdadeira profissão, vê sua intimidade devassada e, tida como traidora da pátria, passa a sofrer ameaças físicas. Além de tudo, o casamento entre os dois entra em um severo processo de destruição.
Quando deixa de lado sua vontade de fazer um filme de ação sem ação - depois de mais de uma hora bem monótona de projeção - Liman entrega à plateia um drama politico de razoável consistência. As intrigas nos bastidores do governo americano são tratadas com inteligência e finalmente prendem a atenção do espectador. É nesse segundo ato que Sean Penn e Naomi Watts justificam sua participação no filme, com atuações passionais que salvam o filme da sensação de tempo perdido. É o bastante para que "Jogo do poder" seja recomendável? Talvez, mas não se pode deixar de levar em conta que, apesar de o tema já estar chegando a cansar, é sempre relevante, frente sua importância política e cultural. Em uma época com tanta bobagem chegando às telas, nunca é demais perceber que ainda existe gente querendo falar sobre assuntos importantes.
Mais sobre cinema em www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com
www.confrariadecinema.com.br
www.cinematotal.com.br
A primeira parte do filme conta como funciona a rotina entre o casal Joe Wilson (interpretado por Penn, com aparência cansada, mas sempre um excelente ator) e Valerie Plame (Watts, pouco atraente, mas em mais uma ótima atuação). Ele é um embaixador aposentado que ajuda a esposa a cuidar dos filhos enquanto, vez ou outra, faz bicos em palestras e conferências. Ela é uma agente secreta da CIA, especialista em armas de destruição em massa. Quando o filme começa, logo após os atentados de 11 de setembro de 2001, Joe vai até a Nigéria investigar denúncias contra o Iraque, indicado ao governo pela esposa. Ao perceber que o governo mentiu à sua população - como forma de justificar a invasão ao país de Sadam Hussein - ele escreve um artigo contando a verdade. E, a partir daí, o filme se transforma: de um suspense político, vira um drama familiar - dos bons. Como retaliação aos escritos de Wilson, a verdadeira identidade de Valerie é revelada. Ela, que sempre escondeu de todos os amigos sua verdadeira profissão, vê sua intimidade devassada e, tida como traidora da pátria, passa a sofrer ameaças físicas. Além de tudo, o casamento entre os dois entra em um severo processo de destruição.
Quando deixa de lado sua vontade de fazer um filme de ação sem ação - depois de mais de uma hora bem monótona de projeção - Liman entrega à plateia um drama politico de razoável consistência. As intrigas nos bastidores do governo americano são tratadas com inteligência e finalmente prendem a atenção do espectador. É nesse segundo ato que Sean Penn e Naomi Watts justificam sua participação no filme, com atuações passionais que salvam o filme da sensação de tempo perdido. É o bastante para que "Jogo do poder" seja recomendável? Talvez, mas não se pode deixar de levar em conta que, apesar de o tema já estar chegando a cansar, é sempre relevante, frente sua importância política e cultural. Em uma época com tanta bobagem chegando às telas, nunca é demais perceber que ainda existe gente querendo falar sobre assuntos importantes.
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