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VIGARISTAS

Posted by Clenio on 22:05 in

Mais uma prova de que conselhos sobre filme só podem ser levadas a sério com muita parcimônia: levando em consideração a dica de um amigo acabei de assistir à primeira bomba em DVD do ano, uma pretensa comédia chamada "Vigaristas" (The Brothers Bloom), dirigida por um até agora ignorado por mim Rian Johnson (e a julgar por essa primeira experiência será o primeiro e último filme do sujeito a que pretendo assistir).

"Vigaristas" tenta ser da mesma estirpe da qual fazem parte os sucessos "Golpe de mestre", "Nove rainhas" (um excelente drama argentino) e a comédia "Os safados", com Steve Martin e Michael Caine. Isso quer dizer apenas que versa sobre a arte dos golpes inteligentes e não que é digno de figurar ao lado dos citados filmes, que tem, alem de tudo, bons roteiros e elencos afiados. Não é o caso aqui: apesar da primeira sequência, que apresenta os protagonistas - dois irmãos órfãos que passam de lar adotivo em lar adotivo - de forma bem-humorada, a obra de Johnson carece de ritmo, empatia e o que é ainda mais grave no gênero, reviravoltas que sustentem suas quase duas horas de duração.

Mark Ruffalo (que é quem surpreendentemente sai-se melhor na brincadeira) e Adrien Brody (péssimo ator, repetindo ad nauseum as mesmas caras e bocas de sempre) vivem dois irmãos que vivem de golpe em golpe. Acompanhados da misteriosa Bang Bang (a indicada ao Oscar por "Babel" Rinko Kikuchi, que praticamente não tem o que fazer aqui), eles correm mundo em busca de novas vítimas. Sua chance de ganhar muito dinheiro surge quando conhecem a milionária solitária Penelope (Rachel Weisz, que ganhou o Oscar por "O jardineiro fiel" e voltou à sua eterna cara de tonta). No entanto, a jovem descobre o golpe e resolve juntar-se ao trio para experimentar novas emoções.

Chega a ser constrangedor assistir a "Vigaristas". Enquanto Adrien Brody e Rachel Weisz tentam convencer como casal apaixonado, Rinko Kikuchi brinca de mulher fatal e o pobre Maximilian Schell parece ter feito o filme para pagar as contas, resta ao espectador bocejar e torcer para que os créditos finais comecem de uma vez.

Duas horas de vida desperdiçadas.... E finalmente entendi o título nacional...

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1 Comments


O brilhante ator de O Pianista, que inerpretou a personagem real, o Judeu Spillman. Vou procurar asssitir este filme.

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